para todas as línguas

Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amatribo: A guerra registrada no mais novo EP do rock amapaense

Capa do caderno Camarim (publicada no jornal a Gazeta de 30/01/2011)

Jéssica Alves

Do ponto de vista histórico, o termo tribo consiste uma formação social antes do desenvolvimento de estados. Muitas pessoas utilizam a palavra para definir sociedades indígenas não ocidentais. Já alguns cientistas preferem adotá-lo para referir-se a sociedades organizadas largamente baseadas em corporações de grupos descendentes.

Mas o termo pode ser empregado ainda por um grupo de quatro rapazes, que vivem em um local distante, longe demais das capitais, como diria o poeta, chamado Amapá para nomear um grupo unido por influências e gostos musicais em comum, como a banda Sepultura, que alia sons tribais ao peso do heavy metal, na vertente trash metal.

O texto discorre sobre a banda Amatribo, surgida há oito anos com o simples objetivo de reproduzir músicas de repertório variado e garantir a diversão. Formada atualmente por Maksuel Martins (vocal), Rulan Leão (guitarras), Salomão Alcolumbre (baixo) e Vinii Brito (bateria), que reproduz viscerais canções de trash metal, relatando suas visões acerca dos conflitos e reflexões da humanidade.

A história da Amatribo iniciou em novembro de 2002, em Macapá, quando o jovem Maksuel Martins, vocalista decidiu reunir o tal grupo de sete amigos e tocar cover de bandas que eles gostavam de ouvir, em estilos que iam do New Metal ao pop rock nacional. Porém, como é de praxe em todas as bandas, essa formação se desfez naturalmente, devido às divergências de idéias e a necessidade da banda ter finalmente algo que os identificasse. Com a entrada de Rulan na guitarra e Vinii na bateria, o trash metal foi difundido definitivamente na Amatribo.

Após oito anos de existência, completados no último dia 8 de janeiro, o som da banda amadureceu e as influências pesadas ficaram mais evidentes. “No começo tocávamos cover, cada um gostava de ritmos diferentes, bandas diferentes e era tudo misturado. Porém não tínhamos uma identidade definida. Era mais para se divertir. Porém, com o tempo, percebemos que o lance foi ficando cada vez mais sério e decidimos trabalhar com nossas próprias músicas”, afirma o guitarrista Rulan Leão.

E o trabalho poderá ser conferido a partir do dia 12 de fevereiro, com o lançamento do EP “Amatribo”, que trás três faixas de peso, que valem a pena conferir: “Dia do Treinamento”, “Guerra” e “Guerra dos Mundos”. E como protesto é um dos principais elementos do rock e o heavy metal, a banda não foge a regra quando o assunto é discussão coerente sobre humanidade.

“Particularmente, nossa temática neste trabalho é guerra, pois diariamente o ser humano vive constantes tipos de guerras, e esta é uma forma de mostrar a sociedade como forma de protesto. É um manifesto da banda para que o público tire suas reflexões”, destaca Vinni.

A origem do nome diferente possui duas versões. A primeira é uma homenagem aos ritmos que inspiraram os integrantes e ao estado de origem. Já a segunda é uma irônica crítica à errônea imagem que o Amapá possui eternamente lapidada por outras regiões no país: que neste estado a civilização ainda não bateu à porta e os habitantes vivem como os antigos indígenas.

Projetos

Após o lançamento do EP, a Amatribo caminha para dar continuidade na divulgação de seu trabalho. Está confirmada a presença da banda no Festival Grito Rock em Macapá, que ocorrerá nos dias 12 e 13 de março. “Planejamos realizar turnês por outras cidades, mas o passo inicial será em nossa base, que é Macapá. Mas o próximo passo depende do planejamento do Grito Rock e provavelmente vamos fazer shows isolados, com o apoio do Coletivo Palafita”, destaca Maksuel.

A banda já planeja o lançamento de um segundo EP para o próximo semestre juntamente com a divulgação oficial de um videoclipe. “Em 2012, vamos trabalhar para que nosso CD, que está em produção, seja lançado”, afirma Rulan.

Tradição

A Amatribo já é conhecida no cenário rock em Macapá, mas num período de três anos, viveu tempos ociosos, devido a projetos pessoais dos integrantes. Com isso, houve uma renovação no cenário, com o aparecimento de novas bandas e novo público. “Isso é um grande desafio, pois tínhamos um público considerável. Nossa meta é conquistar este novo público e difundir o nome da banda no cenário. Este ano de 2011 será totalmente trabalhado em cima do público”, garante Rulan.

Há alguns meses, a banda oficialmente anunciou o seu retorno, com o estimado considerável de público, além de agradar a nova e antiga geração. Este foi apenas o primeiro passo para a confirmação que a chama tribal amapaense continua mais viva do que nunca.


Serviço

O lançamento do EP “Amatribo ocorrerá no dia 12 de fevereiro, a partir das 19h, no Malocão do Sesi, localizado na Av. Desidério Coelho, próximo a Escola Santina Rioli, com entrada por apenas R$ 5. O evento contará com participação especial das bandas Stereovitrola, Anonymous Hate e Nova Ordem


Contatos

A banda está ativa também na internet:

www.amatribowar.blogspot.com
Twitter:@amatribo
MSN: amatribo@hotmail.com

4 comentários:

  1. Legal! Eu não conhecia essa banda! Mas adorei a dica. Beijos, guria :*

    ResponderExcluir
  2. por cara parabens pela a materia ainda nao tinha visto materia do seu blog, e quando sai materia do jornal gazeta..

    ResponderExcluir
  3. A matéria saiu no jornal a Gazeta do último domingo (30)

    ResponderExcluir
  4. Amatribo uma importante banda que já faz parte da história do metal amapaense! o som dos caras é mto bom vale apena conferir! Exelente matéria!

    ResponderExcluir

obervadores alternativos

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails