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terça-feira, 28 de abril de 2015

Histórias do Amapá serão contadas em espetáculo no Teatro das Bacabeiras




Nesta terça-feira (28) o contador de histórias Joca Monteiro vai reunir três contos amapaenses em um espetáculo que será realizado no Teatro das Bacabeiras, no Centro de Macapá. As narrativas vão abordar “causos”, lendas e memórias das comunidades tradicionais do interior do estado. A ação faz parte de um projeto do Grupo Eureca, que pretende alcançar os 16 municípios para a coleta de histórias peculiares. 
 
Com artes cênicas, sonoplastia, adereços e figurinos, Joca subirá ao palco para compartilhar com o público as três primeiras histórias resultantes das viagens ao interior. A primeira é “As Filhas da Matinta”, que surgiu no município de Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá e conta as aventuras da índia Matiá, que possui super-poderes e tem como protagonista a Matinta Pereira, personagem tradicional do folclore amazônico. 
 

 “A história surgiu a partir de narrativas durante o período de guerras entre as tribos Galibis-Marworno e Palikur, que narram em sua versão a história da Matinta Pereira, personagem fictício tão conhecido em nossa região”, explica Joca. 
 
A segunda história, “O pretinho da beira do rio” foi coletada em Tartarugalzinho, a 203 quilômetros da capital, por meio de um dos moradores mais antigos do município, conhecido como Senhor Dionísio. O “Pretinho” é o guardião de todo o tesouro escondido às margens do Rio. Das profundezas das águas o lendário personagem pode surgir a qualquer momento tanto para castigar os gananciosos, quanto para premiar os bem feitores.

 
E a terceira história, “Barão, Barão do Dobrão de Ouro” foi traçada a partir de memórias da família de Joca Monteiro. Segundo ele, o Barão é um fantasma que aparece a cada nova geração trazendo consigo um baú repleto de dobrões de ouro e uma maldição aos gananciosos de plantão.
 
Após a apresentação do espetáculo, ocorrerá um bate papo com o artista e estudantes, professores e o público, para socializar a pesquisa de campo que compõe o projeto de Joca. 

 
Projeto
Joca explica que o espetáculo é um resumo da primeira etapa do projeto “Contando e coletando histórias pelo interior do Amapá”, do Grupo Eureca, que até o final do ano pretende coletar histórias em todos os municípios do Estado. Ele completa que o projeto já visitou oito cidades. 

 
“O objetivo do projeto é valorizar a memória, por meio do resgate das antigas histórias que resistem nos relatos dos anciãos e que na sua visão, necessitam ser difundidas para garantir a sua continuidade nas próximas gerações”, ressalta.
 
Na quarta-feira (29), o projeto será retomado para o interior, com viagens ao distrito de Bailique, Ferreira Gomes, Amapá, Pedra Branca do Amapari e Tartarugalzinho.  Segundo Joca, o material será reunido em um livro, com o conteúdo das histórias e oficinas. O Grupo vai definir a data de lançamento da publicação. 
 
Serviço
Espetáculo Joca Monteiro – o contador de histórias
Local: Teatro das Bacabeiras
Data: 28/04/2015
Horário: 20h
Ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Obs.: Estudantes, melhor idade, professores e crianças pagam meia entrada.
Os ingressos poderão ser comprados antecipadamente na Livraria Didática (Avenida Presidente Vargas, 772 – Centro) ou na hora na bilheteria do Teatro.


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Latitude Zero Bar sob ataque sonoro! São os Monstros do Rock!

texto: Bruno Blackened
fotos: Bruno Blackened e Jéssica Alves
edição: Jéssica Alves


Reunindo um cast excelente, completado por uma boa estrutura de som e iluminação e um ambiente (embora incomum) agradável, no qual todos podem se divertir. Assim foi o Monstros do Rock, organizado por Rafael Moreira. Um duelo verdadeiro e épico entre bandas pesadas e agressivas, em uma noitada de muito Heavy e Thrash Metal, headbanguing e cerveja.

          
Destaco o retorno mais do que esperado do grupo KEONA SPIRIT! Eles estiveram muito tempo longe dos palcos, passando por conflitos entre membros e trocas de formações. Depois de contornar isso, a KEONA finalmente voltou à ativa e incendiou (no bom sentido) o local com novidades no repertório e na formação. Entre elas, a volta do baixista Gabriel Wetch. Outra banda que também retornou depois de algum tempo afastada foi a AMATRIBO. E a espera valeu a pena, pois ambas detonaram!



Por volta das 23h, começou a apresentação da KAIROS. Desta vez, nada de LED ZEPPELIN, SCORPIONS e GUNS N’ ROSES. O set foi focado no Heavy/Power Metal. Hinos como Alexander the Great (IRON MAIDEN cover), The Helion/Electric Eye (JUDAS PRIEST cover), Crazy Train (OZZY OSBOURNE), Living for the Night (VIPER) e War Pigs (BLACK SABBATH) chacoalharam o lugar e os pescoços dos metalheads!


O show foi ótimo, ainda mais pela performance empolgada dos músicos, que agitaram e atiçaram a plateia, capturando-a desde no início. Sucesso, KAIROS!



Depois da troca de periféricos e equipamentos, chegara a hora do tão aguardado retorno da KEONA SPIRIT. O último gig havia sido em agosto de 2013, junto com o power trio feminino NERVOSA, e a expectativa desta apresentação, tanto para Ravel (vocal), Tomil (guitarra), Dyuna (teclado) e Gabriel (baixo) quanto para seus admiradores e seguidores, era gigantesca. Este show também contou com a participação especial de Pedro França na bateria, que teve a honra de tocar com ANDRE MATOS quando o mesmo veio ao Amapá ministrar uma masterclass em abril de 2013.


Do antigo set list, a única que permaneceu foi Lisbon (ANGRA cover). As demais foram Pharaoh (SYMPHONY X cover), Judgment Day e Nothing to Say (ANGRA), Another Day (DREAM THEATER) e Hallowed be thy Name (IRON MAIDEN). A inclusão dos covers Pharaoh e Another Day foram uma grata surpresa e bem acertada.


Dos sons autorais, foram executadas Shadowlord e a inédita Calígula. Composição que começa com um clima misterioso graças ao teclado, logo após ela descamba para um Metal Melódico com um riff de guitarra cavalgado. Ressalto também o solo de bateria no meio da música. Ao final da apresentação, gritos de “KEONA! KEONA!”, mostrando que o (agora) quinteto cumpriu bem seu papel.



Hora de conferir o show da AMATRIBO, que também voltou quebrando tudo! Com o tradicional cumprimento gutural “E aí, galeraaaaaa?”, Maksuel Martins (vocal), Rulan Leão (guitarra), Salomão Alcolumbre (baixo) e Eto (bateria) começaram explodindo os amps e PAs do lugar e reanimar os headbanguers com Código de Conduta.


Depois de Guerra dos Mundos, vieram os covers de SEPULTURA, para euforia da plateia. Territory, Refuse/Resist, Roots Bloody Roots e Troops of Doom fizeram cabelos esvoaçarem e pescoços ficarem em frangalhos. Assim como a KEONA, retorno em grande estilo!



Os “monstros do Rock” continuaram atacando furiosamente! Era a vez da SLOTH, com os covers Mouth for War (PANTERA), Dead Embryonic Cells (SEPULTURA), Violent Revolution e Reconquering the Throne (KREATOR), Angel of Death e War Ensemble (SLAYER) e Scavenger of Human Sorrow (DEATH). Apresentação para não deixar nenhum pescoço e cabeleira paradas!


A SLOTH também ficará responsável em homenagear o fundador do DEATH no evento vindouro que também acontecerá no Latitude Zero, no dia 09 de maio: Tributo ao Chuck Schuldiner.


Encerrando esse evento monstruoso, ORION, grupo responsável por homenagear o METALLICA. Formada por Almir Jr. (guitarra/vocal), Andrey Góes (guitarra), Alan Nogueira (baixo) e Paulo Carvalho (bateria), os músicos, até então, tocaram apenas nos dois especiais do METALLICA (o primeiro em setembro de 2013 e o segundo em março de 2014), mas, ultimamente, estão se apresentando com mais frequência.


Era quase 03:30h da madrugada quando a ORION começou seu set, mas ainda havia energia suficiente para banguear com The Call of Ktulu, That was just your Life, For Whom the Bell Tolls, Through the Never, Fade to Black, One, The Day that Never Comes e a tríade de faixas título Ride the Lightning, Master of Puppets e ...And Justice for All.



Sucesso! Assim pode ser definido o Monstros do Rock, na qual as performances das bandas foram cheias de energia, peso, velocidade e agressividade, do jeito que o Metal pede. Depois de alguns eventos, pode-se dizer que o Latitude Zero Bar, mesmo com seu ambiente não tão Metal, porém convidativo, é a nova sede do Heavy Metal amapaense.







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