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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Undergrind - o Retorno dos Malditos






















Foto: Jéssica Alves

Por: Bruno "Blackened" Monteiro

O underground amapaense é cheio de bandas promissoras e apoiadores engajados no sucesso dos eventos dedicados à música pesada. Cada festa que passa sente-se que há uma significativa melhora na qualidade oferecida pelas celebrações, em diversos aspectos (shows, casas, público, estrutura de palco, som, iluminação, consumo interno...). Merece destaque também os cuidados tomados para que o acontecimento dê certo, contornando possíveis imprevistos.

É o caso do 1º Undergrind, realizado neste final de semana pela Zombie Produções, Underground Produções e alguns parceiros, como Na Base Skateshop, Xenious Hotel e Programa Café com Notícias e que aconteceu na boate Disco Gloss.

Um desses cuidados, já de praxe, é a presença de menores no local, a qual não foi permitida dentro da sede. Do lado de fora, um comunicado explicava o porquê da proibição, com palavras como “Lamentamos por você, menor de idade, não poder banguear nos nossos eventos, mas lei é lei”. Mensagem transmitida de maneira bem sacada, ao meu ver. O evento também teve que contornar o desfalque da CARNAL REMAINS. A primeira encerrou atividades devido o baterista Ronald Vomitory ter viajado para outro Estado e nenhum dos integrantes da segunda apareceu.

O Undergrind trouxe novamente à capital amapaense as bandas WARPATH (Thrash Metal) e BAIXO CALÃO (Punk/HC/Grindcore), cujas performances matadoras já eram bastante conhecidas da platéia, que não deixou por menos e festejou tanto quanto das outras vezes. Horas antes dos shows começarem, o blog Olhar Alternativo teve a chance de entrevistar as bandas convidadas. Receptivos, simpáticos e descontraídos, os músicos falaram sobre o início das atividades, das dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, dos metalheads, das bandas com as quais já tocaram e da repercussão dos discos que cada um lançou. Em breve postaremos no blog.

Voltando ao Undergrind, também era possível adquirir produtos dos headliners na Banquinha Banguer instalada ao lado do palco, que mudou para um espaço um pouco maior do grande salão onde rolaram as performances. Continuava pequeno, mas relativamente maior do que a “caixa de sapato” que era o canto anterior. Lamentavelmente, não era possível adquirir Caedem, pois a prensagem do álbum não ficou pronta em tempo de chegar à disposição do público amapaense.





VISCERAL SLAUGHTER (AP) foto: Bruno Monteiro

Outro destaque do evento foi a estréia da nova empreitada dos ex-integrantes da ANONYMOUS HATE depois da morte do guitarrista Heliton Coelho, em março deste ano. Sob o nome VISCERAL SLAUGHTER e já lançando o debut Caedem (“matança”, em latim), Victor Figueiredo (vocal), Fabrício Góes (guitarra), Romeu Monteiro (baixo) e Alberto Martinez (bateria) subiram ao palco e começaram o massacre visceral que tomou conta da Disco Gloss nas horas seguintes.

O grupo começou tocando Endless Bloodshed, composição divulgada anteriormente nas redes sociais e que obteve boa recepção. Assim como nas apresentações da banda anterior, os músicos (especialmente Victor e Fabrício) esbanjaram bom humor e brincavam o tempo inteiro com a platéia, ao intervalo de cada música.

A banda continuou tocando as já conhecidas Search for Power, Blood and Pain e as inéditas Open your Grave e Scars of Tyranny, todas presentes no full-lenght. Ainda com a tradição dos covers, a VISCERAL SLAUGHTER interpretou uma do BRUJERIA (La Migra, embora alguns tivessem pedido por Matando Güeros) e Carnal, da banda de Death Metal polonesa VADER. Ótimas músicas e performance, o que garantiu a satisfação dos metalheads que testemunharam a estréia (e por que não, de certa forma, um retorno?).





WARPATH (PA) foto: Jéssica Alves

Depois desta estréia visceral, chegou a vez de uma das headliners da noite: WARPATH, de Belém do Pará. Apesar do set curto, a banda destruiu tudo com músicas como Tortured Until the Soul, The Killing Time, Bombs with American Stamps e Reign of Hell. Cabelos voaram para todos os lados e moshes brutais tomaram conta da casa, que veio abaixo a cada riff despejado. Com certeza, avaliando as apresentações anteriores por aqui (em 2011 na boate Proibidus e em 2012 no Dead Shall Rise), a WARPATH é uma das bandas mais queridas dos amapaenses. Parabéns,WARPATH! Thrash ‘em all!



BAIXO CALÃO (PA) foto: Jéssica Alves

Mas os moshes da WARPATH não se compararam aos que se formaram na apresentação da headliner seguinte: BAIXO CALÃO. Basicamente, o grupo é formado por membros da WARPATH e mais dois vocalistas. Os moshes tomaram conta de toda a performance, do início ao fim, tendo como trilha sonora peças como Aglomerados, Honra ao Mérito, Nem Resetando, Fracassar, Amazônia Nunca Mais, Coprofagia, Último Comprimido e Paz Armada.




OBHTUS (AP) foto: Jéssica Alves

Encerrando o Undergrind, OBTHUS. Como a banda quase não se apresentou devido o desfalque do baterista (por questões profissionais), diversos músicos foram convidados para assumir o posto, entre eles Willian (WARPATH e BAIXO CALÃO), Anderson Coutinho (Opus Profanus) e Alberto Martinez (VISCERAL SLAUGHTER). A boate estava quase vazia por causa da incerteza se a OBTHUS se apresentaria ou não, mas mesmo assim mandou muito bem seu recado.

Priorizando os covers desta vez, tocaram Tormentor, Enemy of God, All of the Same Blood (KREATOR), For Whom the Bells Tolls (METALLICA), Black Magic (SLAYER), Generation Dead (TORTURE SQUAD), Bite the Pain (DEATH) e Black Metal (VENOM). As três últimas do set (Nothing to Say [ANGRA], The Number of the Beast [IRON MAIDEN] e Painkiller [JUDAS PRIEST]) foram improvisações e tiveram a participação de Ravel Amanajás (vocal, KEONA SPIRIT).


Mais uma vez, provamos que temos uma cena poderosa e unida o suficiente para exportar nosso Heavy Metal. Quero parabenizar a todos que colaboraram para que Undergrind pudesse representar tudo isso e muito mais! E ficamos na torcida para que venha logo a segunda edição!

Confira mais fotos do evento na nossa página do FACEBOOK 




Foto: Jéssica Alves


Foto: Jéssica Alves


Foto: Jéssica Alves



Foto: Jéssica Alves




Foto: Bruno Monteiro 



Foto: Jéssica Alves




Foto: Jéssica Alves 


Foto: Jéssica Alves


 Foto: Jéssica Alves

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Amapá acordou!



Na ensolarada tarde de quarta-feira (19), enquanto a seleção brasileira de futebol enfrentava o time do México, pela Copa das Confederações, diversos manifestantes amapaenses ignoraram o futebol e foram às ruas em protesto por melhorias em diversos setores no estado. O Ato iniciou por volta das 16h30, com concentração na Praça da Bandeira. A manifestação foi promovida pelo coletivo "Vamos à Luta".

Jovens, crianças, homens, mulheres, estudantes, trabalhadores, artistas, estudantes, entre outros setores da sociedade civil estiveram presente no movimento. De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de 12 mil pessoas foram às ruas do centro da cidade, comandadas pelo grito "Vem Pra Rua". Sem carros de som, o som que ecoava eram as próprias vozes dos manifestantes, embalando gritos de ordem e entoando o Hino Nacional,  dando o seu recado para a sociedade amapaense e brasileira. Cartazes criativos, bandeiras, caras-pintadas, máscaras do "V", narizes de palhaços, apitos... todos simbolizando a indignação de muitos. Sem partidarismo, o movimento era feito por todos para todos. E o melhor, tudo feito de forma pacífica. Até o início da noite, quando a manifestação retornou para a Praça da Bandeira e começou a dispersão dos participantes.

Guerra

Mas por volta das 19h, um grupo de vândalos tentou se posicionar em frente ao Palácio do Setentrião e daí iniciou-se uma guerrilha. Correria e pessoas passando mal com o efeito das bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta utilizados pelos policiais para afastar a multidão. Manifestantes entraram em confronto com a polícia, atirando paus, pedras e bombas caseiras. Tiros de borracha foram disparados para conter a confusão.

De acordo com o site G1 Amapá, a polícia ainda não contabilizou os prejuízos, mas pelo menos 2 ônibus e 1 viatura da Polícia Militar foram depredados. Prédios públicos e uma agência da Caixa Econômica Federal tiveram os vidros quebrados.

Mas um dia histórico para a sociedade amapaense deve ser lembrado pela atitude de milhares de pessoas, que manifestaram suas indignações nas ruas de Macapá. Acompanhe abaixo alguns momentos do ato.





  




                                                                     


Acompanhe mais fotos do protesto em https://www.facebook.com/media/set/?set=a.592170570815132.1073741834.334497326582459&type=3


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