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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Rock/Metal amapaense homenageando às "Abaixa esse volume, menino!"

texto: Bruno Blackened
fotos: Bruno Blackened e Jéssica Alves


Um assunto muito delicado e complexo é o quanto sofremos indiferença dentro da própria família por gostarmos de um som pesado e agressivo e usar um visual idem. Algumas são bem severas quanto a isso, fazendo os filhos passarem por uma verdadeira via crucis de tão “certinhas”.


Por outro lado, temos aquelas que são flexíveis e aprovam a iniciativa dos descendentes de serem músicos, montarem uma banda e seguirem carreira profissionalmente. Se você se encaixa nessa segunda descrição, sinta-se abençoado, pois, no Brasil, ainda há muito “olho torto” para essa atitude encorajadora.
            
Diferenças e desavenças a parte, no dia 15 último, o Latitude Zero Bar serviu de sede para uma noitada de muito Rock/Metal em comemoração ao Dia das Mães. Intitulado Mamãe Rock, reuniu as bandas RADIOFONE, KAIROS, KEONA SPIRIT, SLOTH e CARNNYVALE. Elenco para não deixar nenhuma cabeleira parada nem pescoços intactos!




A RADIOFONE foi a primeira a abrir o evento, tocando um repertório calcado no Rock Alternativo. Uma boa apresentação, ótima para preceder a devastação sonora que começaria a seguir com a KAIROS.


Liderada pela performática Raiana Corecha (com um figurino espetacular), o grupo, assim como na apresentação anterior (Monstros do Rock) focou seu set list em covers de DIO, IRON MAIDEN, VIPER, OZZY OSBOURNE e BLACK SABBATH (apenas Still Loving You, do SCORPIONS, e Man in the Box, do ALICE IN CHAINS foram as exceções). Excelente!


       
A seguir, o conhecido bordão “METER FOGO!” anunciava a vez da KEONA SPIRIT. Abriram com Pharaoh (SYMPHONY X cover) e continuaram, incendiando os banguers, com Nothing to Say, Lisbon e Judgment Day (ANGRA covers), Another Day (DREAM THEATER) e as autorais e grudentas Shadowlord e Calígula. Igualmente excelente! Depois de superar conflitos internos e trocas de membros, a banda está mais furiosa do que nunca, com muita vontade de tocar e ótimo entrosamento!


            
Depois da pausa para a troca de equipamentos, SLOTH começa sua apresentação, mas nada de covers do DEATH dessa vez, o que desapontou uma parte do público. A banda executou The Trooper, Powerslave, 22 Acacia Avenue, Seventh Son of a Seventh Son (IRON MAIDEN covers), Harvester of Sorrow e Disposable Heroes (METALLICA covers). A platéia ainda pediu por um cover do DEATH, mas não. Mesmo assim, parabéns, SLOTH! Detonou!


            
Apesar da SLOTH ter fama de encerrar os eventos no qual tocam, não foi dessa vez, ainda não acabou! Ainda havia o Thrash Metal da CARNNYVALE para esgotar o restante da energia dos metalheads, que tocou uma composição autoral e covers de PANTERA (Cowboys from Hell e Cemetery Gates) e SEPULTURA (Arise). Set curto, mas destruidor!


Homenagem incomum, mas digna, para as mulheres que nos trouxeram ao mundo, permitindo-nos conhecer este som agressivo, pesado, rápido e diversificado. E nada é mais gratificante do que ver uma mãe apoiando os filhos fazerem um som que desafia tabus, religiões, dogmas, autoridades, abusos e levanta questionamentos sociais. Parabéns, mamães!







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