segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
E o Oscar vai para: Leonardo DiCaprio e a internet brasileira
A noite de domingo (28) foi histórica para os fãs do ator Leonardo DiCaprio venceu seu primeiro Oscar, pela atuçao no filme O Regresso. Esta foi a quinta indicação por atuação que o ator recebeu - a primeira aconteceu em 1994, por seu papel de coadjuvante em "Gilbert Grape: aprendiz de sonhador".
Ele foi indicado como melhor ator por papéis em "O aviador" (2004), "Diamante de sangue" (2006) e "O lobo de Wall Street" (2013).
"Precisamos apoiar os líderes ao redor do mundo que falam pela humanidade e não pelos grandes grupos industriais", disse o ator. DiCaprio aproveitou o fim de seu discurso para falar sobre um de seus temas favoritos, aquele pelo qual mais luta: a mudança climática.
E claro que o momento não passou em branco na internet, onde o norte-americano era alvo de constantes piadas. A torcida pelo ator era grande, e seus fãs comemoraram nas redes sociais com montagens e brincadeiras.
Confira uma seleção com memes sobre a grande vitória de DiCaprio.
E a atriz brasileira Gloria Pires também não escapou das brincadeiras, sobre os comentários da cerimônia
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Paralelo universo e a despedida da banda DR SIN em Macapá
Jéssica Alves
No dia 12 de fevereiro, os macapaenses puderam curtir o festival Paraelo Unvierso, realizado no Trem Desportivo Clube em Macapá, com shows de cinco bandas locais e a atração nacional DR SIN, que está prestes a encerrar as suas atividades. O anúnciod, feito em 2015, pegou todos de surpresa, pois os músicos estão em excelente fase, tanto no que se refere à criatividade quanto à técnica, vide o CD "Intactus", lançado no ano passado. Uma prova disso ocorreu na apresentação na capital amapaense.
O evento começou por volta das 19h com show da banda Ultimato, que iniciou os trabalhos apresentando um metalcore autoral, voltado para letras cristãs. Esse foi o show de estreia do quinteto nos palcos amapaenses, que saiu bem aplaudido pelo público.
Em seguida, a banda Keona Spirit entra no palco, apresentando ao público a canção autoral "Shadow Lord", empolgando os fãs de heavy metal presente. Além de um set com covers de Angra, Shaman, e Iron Maiden, a banda apresentou a canção "Calígula".
Para encerrar o show, a cantora Hanna Paulino, da banda Hidrah, fez um participação especial em "Carry On", dividindo os vocais com Ravel Amajás. Um dos pontos altos do evento, com a grande aprovação da plateia.
A seguir o heavy metal cede espaço para o thrash metal da banda Terror Room, que contou com um set list de canções próprias e covers de Sepultura e Kreator, matando a vontade de muitos headbangers que estavam ali para curtir um som mais pesado.
O hard rock entra em cena com a banda Motel 69, que com canções autorais e covers de bandas clássicas do gênero, como Twisted Sisters, Skid Row, Guns N Roses e Kiss, brindaram os fãs do estilo com um show divertido e eempolgante (com direito a figurino e tudo). O show contou com a participação de Sebastian Sannewes, ex- Madame Burterfly, um dos pioneiros do gênero em Macapá, que dividiu o vocal com Vinny Neves e levou o público ao delírio.
Para encerrar o cast de bandas locais, Kairos entra em cena, com um set recheado de classicos do rock, para empolgar o público e preparar os ânimos para o show principal da noite. A vocalista Rai Corecha exibiu grande apresentação ao som de sucessos de Iron Maiden, Black Sabbath e Helloween. O público se empolgou.
Despedida
Com a plateia gritando "DR SIN" sem parar, Andria Busic (baixo e vocal), Eduardo Ardanuy (guitarra) e Ivan Busic (bateria) subiram ao palcoe a vibração tomou conta do local. Com canções do mais recente trabalho, como "The Great Houdini", passando pelas clássicas "Fly Away", "Lady Lust" e "Time After Time" o início do show de empolgação geral, tanto da banda quanto do público.
Logo depois, Andria Busic levou a plateia ao delírio ao perguntar se estava na hora de incendiar o local. Todos entenderam o recado: estava na hora da música "Fire", cantada em coro pelos fãs, com destaque para os solos ágeis de Eduardo Ardanuy e a bateria rápida e precisa de Ivan.
Mas o show ainda tinha muito o que oferecer. Ainda vieram diversos clássicos da banda, como "Miracles", "Zero", "Revolution", "Isolated" e "Emotional Catastrophe, além de outras duas canções do álbum mais recente: "Saturday Night" e "We’re not Alone".
Um dos pontos altos do show foi quando Ivan Busic nos vocais, cantando uma canção do álbum solo lançado recentemente (vocês me perdoem não recordar o nome rs) e a provação foi geral. Além de ótimo baterista e compositor, o Busic tem qualidade como vocalista.
O bis também foi bastante empolgante. Trouxe "Down in the Trenches, Have You Ever Seen the Rain?", do Creedenca, e fechando o show, com muitos pedidos da plateia, "Futebol, Mulher e Rock and Roll", com direito a trechos de Beat it, do Michael Jackson, e Metamorfose Ambulante, de Raul Seixas.
Com três dos melhores músicos do Brasil DR. SIN deu o seu recado e provou que deixará uma grande lacuna no rock and roll brasileiro, após quase 25 anos de carreira dedicado ao puro e verdadeiro rock and roll.
Ivan Busic disse ao longo do show que "o Brasil é um dos lugares mais difíceis do mundo pra tocar rock" e de fato é uma triste realidade no mercado fonográfico nacional. Apesar de estar encerrando as atividades, o DR SIN cumpriu sua missão, mostrando a muitos que apesar das dificuldades, o rock feito com amor e vontade pode sim ter reconhecimento, mesmo que da minoria. O importante é fazer a cena acontecer e desistir jamais, porque se não formos por nós mesmos a coisa não anda.
Espelhemo-nos em músicos como Andria Busic, Edu Ardanuy e Ivan Busic, que tem os seus motivos para encerrar, mas fizeram algo verdadeiro e com certeza deixaram um grande legado que deve ser preservado a apresentado para as futuas gerações. VALEU DR SIN e salve o rock and roll no Brasil, Parabéns a eles e todos que estão na batalha para fazer a cena acontecer \,,/
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Cultura em peso! 20 anos de "Roots"
Aliando o peso do metal com a singularidade da cultura brasileira, a banda Sepultura marcou a história do rock nacional e mundial com o lançamento de "Roots", que completa 20 anos neste sábado (20).
Sociedade indígena, herança africana, escravidão, Chico Mendes, o cineasta Zé do Caixão são apenas alguns dos elementos das 16 faixas que compõem o trabalho, que se tornou um clássico no estilo musical.
Duas décadas após o lançamento, em 20 de fevereiro de 1996, "Roots" foi aprovado no teste do tempo. Ainda é um dos álbuns mais influentes e considerado importante para o heavy metal em todo o mundo, com mais de 2 milhões de cópias vendidas.
Mas o flerte do Sepultura com a música tradicional brasileira iniciou bem antes, com o antecessor "Chaos AD" (1993) na música "Kaiowas", uma composição acústica e focada no violão e percussão, sendo um dos destaques do álbum.
Em "Roots", o direcionamento alternativo aparece em canções como "Lookaway", que tem a participação de Mike Patton (Faith No More), Jonathan Davis (Korn) e DJ Lethal, em "Roots Blody Roots" e na clássica "Atitude".
As influências brasileiras marcam a presença na diferente "Ratamahata", com Carlinhos Brow, dividindo os microfones com Max, "Itsári" e em "Ambush", onde a mistura e o peso e as novas influências se mostra na medida.
Ou seja, "Roots" é um verdadeiro atestado da tamanha criatividade de uma das maiores bandas do Brasil e do mundo. Apesar de não ter agradado a gregos e troianos, é um grande exemplo de como se reinventar sem deixar as raízes.
Pena que a banda se desfez logo depois, com a saída de Max Cavalera para fundar o Soulfly (tão alternativo quanto o seu último trabalho com o Sepultura". Mas podemos dizer que foi uma saída em grande estilo \,,/
Roots
Max Cavalera - vocal, guitarra, berimbau
Andreas Kisser - guitarra, violões, backing vocals
Paulo JR. - baixo
Igor Cavalera - bateria
01. Roots Bloody Roots
02. Attitude
03. Cut-Throat
04. Ratamahatta
05. Breed Apart
06. Straighthate
07. Spit
08. Lookaway
09. Dusted
10. Born Stubborn
11. Jasco
12. Itsári
13. Ambush
14. Endangered Species
15. Dictatorshit
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Angra e Sepultura no carnaval: quebra de barreiras e inovação na cena
Antes de mais nada, confesso logo que sou suspeita em falar sobre a questão de Angra e Sepultura, minhas bandas favoritas no cenário metal brasileiro, terem se apresentado no sábado (6) no bloco de carnaval de Carlinhos Brown, na cidade de Salvador (BA). Afinal, sou daquelas fãs que apoia os músicos em suas ideias inusitadas.
E não foi diferente neste fim de semana. Claro que o assunto rendeu uma boa polêmica na internet. Os "metaleiros" se dividiram em opiniões distintas. Há quem odiou a ideia, pois para eles o metal não é um estilo que combina com o cenário carnavalesco e muito menos trio elétrico.
Concordo em partes, mas por outro lado, vejo essa questão como algo histórico na música brasileira. Não que o metal dependa disso para ser reconhecido. Longe disso, o metal sempre está vivo no underground, sempre que houver o fã que se identifique e consuma o produto, ele estará lá.
Mas estamos no Brasil, e por mais famosa que sejam ambas as bandas, considerados ícones do metal brasileiro, se comparando com o cenário em geral, Angra e Sepultura ainda são underground sim. E ser homenageado na maior festa popular brasileira (você gostando ou não) é algo a ser celebrado.
Primeiro que eu não vi ninguém ridicularizando o estilo do rock. Preconceito sempre existe, não vamos negar e assim como somos alvos de piadas, também adoramos fazer piadinha com o gosto musical alheio né (eu mesma faço e não deixo de achar divertido). Mas a questão é que esta foi uma oportunidade de quebra de barreiras, onde o rock pode ser celebrado no meio de foliões sim.
Eles são músicos, e esta não deixa de ser uma grande oportunidade de expandir e mostrar que o metal está sim mais vivo do que nunca, por mais que muitos insistam em matá-lo com ideias pessimistas ou falta de apoio. Mas isso é assunto para outras discussões. Uma experiência curiosa e ousada.
A iniciativa de Carlinhos Brown, que por sinal, foi alvo de milhares de garrafinhas de água mineral durante o Rock In Rio, na noite do Iron Maiden, é uma resposta educada e divertida em celebrar o rock, quebrando as barreiras. E o que é a música brasileira se não a diversidade? O encontro reviveu a parceria que o músico tinha iniciado com o Sepultura em 1996, quando tocou "Ratamahtta", uma das faixas do disco Roots, que completa 20 anos, igual o "Holy Land" do Angra.
Até porque o Angra e o Sepultura desde sempre tiveram a "brasilidade" como pano de fundo do seu diferencial no cenário heavy metal. E se outras culturas podem celebrar as canções populares, porque o brasileiro não? E porque não celebrar o rock na festa popular do Brasil?
Mas a inovação é assim mesmo, sempre causará espantos e críticas. Se depender de aprovação de maiorias, grandes obras da música jamais seriam criadas. Para inovar, tem que ter coragem. E por isso eu apoio a iniciativa das bandas.
Não é só por dinheiro, como muitos falam. É por ser músico e gostar muito deste ofício a ponto de querer sair da mesmice e de vez em quando fazer um barulho diferente na cena metal brasileira. Parabéns às ambas as bandas e também as milhares que estão no undergound fazendo isso acontecer. Cada um à sua maneira, mas toda valorização do rock e metal para mim são válidos \,,/
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