Por Jéssica Alves (grupo Koromodachi)
Divulgar a animação japonesa no cenário amapaense. Esta é a proposta dos grupos que organizam o Amapanime, um evento que reúne diversos fãs da cultura oriental para assistir a exibição de animes (desenhos), torneios de RPG, concursos de cosplay, exposição, workshop, concurso de desenho e muito mais.
Diferente de outras capitais, Macapá é carente em apoio para a organização do evento, restando aos grupos recorrerem a empresas para patrocinar a realização, o que é um trabalho árduo, pois poucos são os que contribuem.
Quem também contribui para a o sucesso do evento é o SESC Araxá está presente desde a primeira edição do evento.
Mas nem por isso esses jovens desanimam. Desde que foi realizado pela primeira vez, em 2005, o número de pessoas que vão prestigiar o evento é de ordem crescente. Além de otakus, como é chamado quem é fã de animes e mangá, há várias outras tribos urbanas.
Além das atrações, um destaque é o workshop de desenho, ministrado pelo grupo Koromodachi, que também ministra o concurso de desenho, nas categorias pretas e brancas, feitas na hora do evento, colorido feito em casa, fanzine (quadrinhos de criação própria) individual ou em grupo e fanfic (roteiro). O concurso revela novos talentos no desenho em estilo mangá do Amapá.
O que faz muito sucesso tanto em eventos de fora quanto o Amapanime é o concurso de cosplay, que é uma das expressões da cultura pop mundial
Basicamente o cosplay é um hobby que consiste em fantasiar-se de personagens de quadrinhos, games e desenhos animados japoneses (animes e mangás). Mas a prática do cosplay também pode englobar personagens pertencentes ao universo do entretenimento, como filmes, séries de TV e livros. Também existem aqueles que se caracterizam como figuras históricas ou de criações próprias.
Uma das principais características do cosplay é que o praticante além de criar os trajes, também interpreta o personagem caracterizado, reproduzindo os traços de personalidade como postura, falas e poses típicas.
A principal atração deste ano foi a presença de Thaís Yuki e Marcelo Vingaard, principais nomes do cosplay nacional. O casal representou o Brasil na final do World Cosplay Summit, realizado todos os anos na cidade de Nagoya, no Japão.
Veja abaixo a entrevista de Thaís Yuki e Marcelo Vingaard
Koromodachi: Há quanto tempo vocês fazem cosplay, como nasceu a idéia e qual foi o primeiro?
Thaís Yuki: Há mais de nove anos, fazemos juntos desde o ano 2000. A idéia surgiu por sempre estarmos assistindo concursos, freqüentando eventos. Nosso primeiro cosplay foi de um anime que acho que não é muito conhecido, o Bakuretsu Hunters, eu fazendo Chocolate Misu e ele fazendo Charrot.
Koromodachi: Vocês utilizam critérios para escolher os personagens que serão seus cosplays?
Marcelo Vingaard: Bom, o principal critério é o gosto.Quando assistimos um anime, surge aquele personagem que gostamos logo de cara. Os cosplays que realizamos são de personagens que gostamos mesmo. Também fazemos daqueles personagens que tem um visual estético interessante. Então fazemos aquilo que gostamos, pode ser de um anime famoso ou não.
Koromodachi: Quais os fatores positivos e negativos na sua relação com o cosplay?
Marcelo Vingaard: O mais legal no cosplay é essa oportunidade de você poder se vestir como seu personagem favorito, seja de um anime, um HQ ou jogo. E tudo isso é feito como um hobby saudável. Mas o fator negativo seria o fato de que alguns colegas cosplayers levarem muito para o lado da competição e se esquece de que tudo é apenas uma diversão feita por fãs da animação japonesa.
Koromodachi: Depois de tantas apresentações e cosplays produzidos sua visão sobre o hobby mudou?
Thaís Yuki: Não, no caso da essência, ela continua a mesma, de ser algo feito com prazer.
Marcelo Vingaard: É, a essência é a mesma, o que mudou é que agora somos reconhecidos.
Koromodachi: Diga um cosplay que vocês não produziram, mas um dia pode ser usado.
Thaís Yuki: Idéias não faltam, pois são muitos os personagens que gostamos. Um anime tipo o Bleach, que tem centenas de personagens, vais surgindo um personagem, depois outro, depois outro e você fica “cara quero fazer este”, aí é até difícil decidir (risos).
Marcelo Vingaard: Planos para um próximo cosplay meu seria o do Conde Olaf, do Desventuras em Série, por que gosto muito desses personagens diferentes.
Koromodachi: E qual foi a sensação de representar o Brasil em um torneio mundial de cosplays?
Marcelo Vingaard: A mais maravilhosa possível, pois além de representar o nosso país, tivemos a oportunidade de ir até o Japão, que é o local que todo fã de animação japonesa sonha em ir. Foi inesquecível.
parabens pela otima, materia de fato precisamos de pessoas q valorizem o fator cultural, reconhecendo o esforço dos grupos q se dedicam na realização do AMAPANIME, fi um prazer ter Tais Yuke e Marcelo Vingard, e a entrevista tá mto show!!!!!!!!!
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