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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Resenhando – Andre Matos “Turn of the Lights”


Olá galera, hoje estreio uma nova sessão aqui no blog Olhar Alternativo, intitulada “Resenhando”, a qual farei toda sexta-feira uma resenha sobre filmes, livros e discos que tenho contato ultimamente. Então chega de conversa e vamos a nosso post de estreia, com o novo álbum de Andre Matos “Turn of the Lights”.



Um dos grandes representantes da cena brasileira no heavy metal está de volta, após o término da banda Symfonia.  Com nova formação, a banda apresenta um novo contexto musical, renovando a capacidade musical de cada integrante. Lançado no dia 22 de agosto, “Turn of the Lights” é o que posso chamar de reunião de todo o aprendizado e evolução que Matos teve ao longo de sua carreira, como já apresentado no título do álbum, o acender das luzes.






O álbum é, como divulgado oficialmente pela assessoria de imprensa da banda, uma reflexão sobre o atual momento da humanidade e como as ações refletem no mundo como um todo. Os novos integrantes, Bruno Ladislau (baixo) e Rodrigo Silveira (bateria) representam uma revigorada positiva no som, que mescla passagens progressivas, power, heavy e moderna.

Mas é claro que a influência clássica não é deixada de lado e linhas de piano e orquestra estão presentes no álbum. As guitarras de Mariutti e Hernandes continuam com a técnica e harmonia, e dessa vez de maneira mais “limpa”. E o vocal do “mestre” cada dia passa por renovações positivas. O rasgado está menos presente, mas os médios ganham mais destaque e ele guarda os agudos de maior dificuldade para os momentos certos, executados de maneira Matos de ser.

“Liberty” já apresenta ao ouvinte a sonoridade moderna que a nova fase de Matos buscou. Há passagens que muitos fãs lembraram de cara de canções de “Time to be Free”, primeiro disco solo, com guitarras pesadas e vocais bem trabalhados, com ritmo interessante.

A próxima faixa, “Course of Life”, ritmo mais rápido que a anterior lembra imediatamente Matos no tempos de Angra ou Viper em “Teathrer of Fate”, com a orquestra apresentada no início, deixando a canção muito bacana. Refrão memorável. Em “Turn of the Lights” Andre apresenta vocais alcançando ótimos tons, deixando os drivers utilizados em “Mentalize” de lado. “Gaza”, uma das que mais gostei, é a balda do álbum e claro, introdução de piano muito bem feita por Matos.


“Stop”, canção muito legal, segue a linha de “Mentalize”  no sentido de ritmo rápido e refrão matador. Os vocais mais limpos são um atrativo muito interessante. “On Your Own” é a metade do disco, que revela um tom mais obscuro e uma das melhores, que me fez lembrar a época de “Reason”, do Shaman. A batida na caixa da bateria, seguida da guitarra me traz uma sensação ótima.

“Unrepleaceble” é rápida no início e marca registrada de Andre, agudos poderosos, aparecem em destaque. O destaque também vai para a influência prog, com as mudanças constantes, algo que gosto muito. “Oversoul” e o power metal presentes, rapidez e melodia, além do refrão contagiante claro. Adorei. “White Summit”, inicia com clima sombrio, e com suas particularidades interessantes.

E falando em refrão, o de “Light-Year” é inesquecível. Fechando o álbum “Sometimes” a balada que encerra muito bem o álbum, com voz, piano e orquestra, fechando de maneira emocionante o álbum.

Concluindo. O álbum “Turn of the Lights” é um excelente disco, diferente e ao mesmo tempo um apanhado de toda a carreira de Matos, não que soe como uma cópia, mas sim uma bela coletânea de elementos que lapidaram o seu talento e ao mesmo tempo, busca novas influencias. Como diz a expressão, só elogiar músicos excelentes é “chover no molhado”. Então o lance é parar e escutar um dos melhores lançamentos nacionais do heavy metal nacional dos últimos anos e ter a certeza que Andre Matos ainda pode ser considerado um dos mestres da musica underground brasileira.

 Formação Atual

Andre Matos – vocais
Hugo Mariutti – guitarras
Andre Hernandes – guitarras
Bruno Ladislau – baixo
Rodrigo Silveira – bateria


Lista de faixas

1. Liberty (Matos / Mariutti)
2. Course of Life (Matos)
3. The Turn of the Lights (Matos / Mariutti / Ladislau / Casagrande)
4. Gaza (Matos / Mariutti)
5. Stop! (Matos / Mariutti)
6. On Your Own (Matos / Mariutti)
7. Unreplaceable (Matos / Mariutti / Ladislau)
8. Oversoul (Mariutti / Ladislau / Matos)
9. White Summit (Matos / Mariutti)
10. Light-Years (Matos / Hernandes)
11. Sometimes (Matos)
Produção: Brendan Duffey e Adriano Daga

Um comentário:

  1. Me deparei com a sua resenha e resolvi ler.
    Parabéns! Adorei.
    Não apenas por ter curtido e elogiado o album,
    mas sobretudo porque acredito que você encontrou a exata medida do que foi feito, mesmo (é o que sinto).
    O album é disparado o melhor lançamento 2012
    no estilo. E você lembrou bem, é um deja vu
    sonoro da carreira do maestro. E a banda, em?
    Estão todos muito bem!!! Show de CD!

    Carlos Smith

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