Texto: Jéssica Alves
Fotos: Bruno Monteiro e Jéssica Alves
Após momentos de muitas expectativas por parte dos fãs amapaenses, a banda paulista de thrash metal Korzus, considerada uma lenda do gênero no país realizou shom em Macapá no sábado (15). O anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá, tradicional palco do Festivaql Quebramar, evento que proporcionou o show da banda, foi tomado pelos headbanguers, sedentos para bater cabeça e acompanhar a banda.
Divulgando o seu mais recente trabalho, Discipline of Hate (2011). o Korzus mostrou o porquê são considerados uma das melhores bandas de metal do país. O grupo é formado atualmente por Macello Pompeu (vocal), Heros Trench (guitarra), Antônio Araújo (guitarra), Dick Siebert (baixo) e Rodrigo Oliveira (bateria).
Após o empolgado show da banda amapaense Profetika (thrash metal), as luzes se apagaram e após momentos de expectativa, a banda inicia seu matador set list, com "Guilty Silence", faixa que abre o álbum Ties of Blood (2004). Após cumprimentar o público, outra faixa "abre-álbum" foi tocada: "Discipline of Hate", cujo refrão foi acompanhado de maneira empolgada pelo público.
Com o início da faixa "Respect", a banda manda ver na paulada, quando de repente, no meio do refrão, o frontman Pompeu pára o show e dá bronca em dois rapazes que começaram a brigar, pedindo para encerrar a briga. "Não viemos de São Paulo para incentivar brigas. Nós somos uma família de headbangers", afirmou o líder, que foi ovacionado pelo público.
E o show tem que continuar. A banda emendou mais canções pauleiras como "Lost Man", "Never Die", "Revolution" e "Raise of Soul". Em clima de fim de ano e provável fim do mundo, a faixa "2012" tinha que ser tocada, levando a galera a insanidade, juntamente com "I Am Your God" e a pauleira "Agony", clássica do álbum Mass Ilusion (1991). Rodas bangers não paravam de surgir na plateia.
Hora de relembrar um clássico do thrash metal mundial: "Ranning Blood", consagrada pela lenda Slayer, foi entoada pelo guitarrista Antônio Araújo, levando a galera ao delírio, sempre com o coro "KORZUS, KORZUS" sendo levado pelo público, especialmente a galera da grade.
"Tô de volta", anuncia Pompeu, que retorna aos vocais e explica ao público o motivo de seu sumiço, com humildade e afirmando que mesmo passando mal, iria fazer o show até o fim porque aquela noite era para todos ouvirem metal. "Internally" foi levada pela renomada banda.
"Trunth" foi anunciada como uma das músicas mais marcantes nessa era para o Korzus, e o público respondeu o porquê com muitos gritos e bate-cabeça. Então começou a "Correria", acompanhada de muitos pulos da plateia, sendo puxados pelo baixista Dick Siebert. E para fechar com chave de metal, o clássico hino "Guerreiros do Metal", esperado por todos, foi executado com o devido coro do público.
E assim encerrou-se o inédito show do Korzus em Macapá, que recebeu mais uma lenda do metal brasileiro. Talento, profissionalismo, humildade e empolgação de cada componente da banda montam um ótimo show, que contagia a todos, seja o fã das antigas ou o garoto novinho que acabou de conhecer o estilo. E o Korzus surge como um grupo de guerrilheiros, que batalha sempre para a desbravação e valorização desse estilo controverso e empolgante, que há tempos sempre convoca os seus guerreiros para uma batalha cujo prêmio é poder sempre estar unidos e curtindo essa pauleira chamada metal.
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