*Contém Spoliers
Ao contrário do título do primeiro longa de "O Hobbit" essa jornada era muito esperada por fãs no mundo inteiro, que estreou nos cinemas nessa sexta-feira (14). A pré-sequência de "O Senhor dos Anéis" estreia com alta expectativas, especialmente pelo sucesso da trilogia dirigida por Peter Jackson e o sucesso desse clássico da literatura inglesa.
Na trama, uma grandiosa fortaleza é invadida por um temível dragão conhecido por Smaug, que força a raça anã a abandonar a fortaleza e buscar um novo local para viver. Aproximadamente meio século depois, Thorin, o líder anão, decide cumprir a palavra de seus antepassados e retornar a cidade protegida por Smaug a seus verdadeiros donos. Nessa jornada de estão 13 corajosos anões, o mago Gandalf, o Cinzento, e Bilbo Bolseiro, um pacato hobbit, do Condado, respeitável e conservador. Juntos, eles saem em uma aventura para retomar a Montanha Solitária, reconstruir um reino para os anões e tomar o tesouro guardado pelo dragão.
No quarto capítulo de "O Hobbit", - Montanha Acima, Montanha a Dentro - J.R.R Tolkien nos diz: "Tinham um rancor especial pelo povo de Thorin, por causa da guerra da qual vocês ouviram falar, mas que não entra nesta história". O livro possui uma narrativa mais simples e infantil que da trilogia "O Senhor dos Anéis", e essa atmosfera foi transferida para "Uma Jornada Inesperada", mas com diferenciais acréscimos de Peter Jackson. Na adaptação, o cineaste acrescentou várias subtramas paralelas e referências apenas mencionadas, ou que constam em outros textos de Tolkien nos anexos presentes ao final de O Senhor dos Aneis: O Retorno do Rei e "O Silmarillion".
O fato de ele somar ao roteiro personagens que não aparecem neste livro, como o mago Radagast
a conversa que Gandalf teve com a Galadriel, Saruman e o Elrond, além do vilão orc Alzog, gera como resultado foi uma história mais enriquecida, com maior destaque para detalhes, que toca o coração dos espectadores e ao mesmo tempo repassa fielmente a mensagem e história do livro.
Fora o show de atuações do elenco, como o sempre competente Ian McKellen, como Gandalf e destaque para o personagem-título, Bilbo Bolseiro, interpretado por Martin Freeman, que fez um excelente trabalho. o personagem atrapalhado e esperto é perfeito para ele. Fora o show de atuação que ele realizou com Andy Serkis, que interpreta o Gollum, na clássica cena das adivinhas no escuro, onde Bilbo encontra o famoso anel "precioso". Também faz excelente atuação Richard Armitage, como o líder anão Thorin. O ator repassa perfeitamente o jeito líder e durão, mas ao mesmo tempo fraterno do anão.
Falar da beleza de como foi feito os cenários, figurinos, entre outros fatores que são características consagrantes da direção de Jackson é chover no molhado e pode render milhares de parágrafos. Então irei resumir que estes recursos foram novamente muito bem explorados pelo neo-zelandês. As cenas de ação são de encher os olhos, que ganharam maior destaque com o efeito 3D. A trilha sonora de Howard Shore é emocionante, especialmente nos momentos da música Misty Mountains Cold em coro pelos anões ou nas próprias notas tocas ao longo das tomadas aéreas.
A característica dos personagens, especialmente a coragem dos anões, a beleza dos elfos, a sabedoria de Gandalf e a nobreza do hobbit complementam essa bela montagem da obra tolkeniana. Aos fãs digo, não esperem ver um segundo "O Senhor dos Anéis", até porque a obra tem narrativa diferenciada. A maneira como Peter Jackson desenvolveu a trama, sem tirar fatos importantes, ao contrário acrescentando de maneira sutil e esperada, são o grande trunfo de "Uma Jornada Inesperada", que possui um grande desfecho, deixando ótimas expectativas para a segunda parte. Quem não viu, vá logo ao cinema para conferir porque este é o filme que fecha 2012 e vai marcar, por muitos anos ainda, uma nova trilogia que vai crescer tanto quanto quanto a primeira trilogia. Como fã, fiquei muito satisfeita e ansiosa para "A Desolação de Smaug"
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