Assim como o falecido pai do
Death Metal Chuck Schuldiner (DEATH) ganhou um festival de peso com bandas
ótimas no cast, o Zombie Ritual, o Metal amapaense homenageou, neste final de
semana, um músico marcante no cenário, Jorkdean Silva, mais conhecido como
Jork. Ele tinha 35 anos e foi assassinado durante uma discussão depois de um
acidente de trânsito.
Apresentado por Bio Vilhena, o evento teve como headliner
a banda MITRA, de Belém (PA), que tem na bagagem uma demo e um CD, intitulados In the Blackland e Enigma, respectivamente. Em meio as apresentações, Bio jogava
vários brindes para a galera e também dava prêmios para quem acertasse as
perguntas do apresentador. Discursos em homenagem ao Jork também eram
constantes.
Como sempre, eventos em um lugar público como a Praça da
Bandeira eram sinônimos de muita animação e plateia garantida. O palco estava
bem estruturado, com muitas luzes e o som estava ótimo. A primeira banda a
mostrar seu poder de fogo foi a MADAME BUTTERFLY, executando um set baseado em
Hard Rock, com músicas de WHITESNAKE, BON JOVI, SKID ROW e EUROPE, o que serviu
para aquecer os metalheads para as próximas atrações.
A CERIMONIAL SOMBRIO está fazendo shows com mais
frequência, o que é ótimo, visto que estilo da banda é pouco praticado no
Estado e faz o grupo angariar cada vez mais ouvintes e seguidores. A banda
SLOTH, na qual Jork tocava baixo, também mandou bem, tocando covers de IRON
MAIDEN, PANTERA e METALLICA. Só faltou mesmo covers do DEATH pra homenagem
ficar mais completa!
Pouco depois da pausa para troca de equipamentos, a
atração principal do 2º Jork n’ Roll subiu ao palco e tocou composições de In the Blackland e Enigma (este, infelizmente, não estava disponível no stand de
merchandise da banda). Músicas como Final
Brains, Children of Metal, Bravery, Bloodhunters, Silver Hawks
e Fires of Glory agitaram as cabeças
e cabelos dos metalheads sedentos por Heavy Metal Tradicional.
Aliás, a vinda do MITRA é algo a ser lembrado e
incentivado, pois o Amapá está acostumado a receber bandas de Thrash/Death
Metal, Hardcore e Black Metal, por vezes, mas dificilmente de Heavy Metal
Tradicional. Promotores e produtores de eventos locais poderiam refletir um
pouco mais sobre isso e trazes bandas de outros estilos para cá, como Doom,
Gothic, Industrial, Symphonic, Folk, Power Metal e por aí vai. O Brasil é um
país rico em grupos com diferentes sonoridades. Basta um pouco mais de esforço
e vontade que as coisas acontecem.
Voltando
ao show, as músicas tem riffs marcantes e bem estruturados, solos cortantes e
“cozinha” veloz e precisa, completados pelo vocal ora rasgado, ora limpo e
agudo. O grupo ainda mandou
dois covers: South of Heaven (SLAYER)
e Seek and Destroy (METALLICA).
Foi
uma bela homenagem a um músico que era tão querido e admirado pelos demais
músicos de Metal amapaenses. Como esta é a segunda edição do evento, ele não
será esquecido, ficará para sempre na memória de amigos e familiares, que
compareceram e prestigiaram a homenagem. R.I.P. Jork!
Só faltou uma palavra sobre a banda Arsenyo/Death_Metal, ue abriu para o Mitra.
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