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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Tocandira Ritual Fest é neste sábado

Por Jéssica Alves
DO G1 AP


A banda paulistana de thrash/death metal Torture Squad retorna a Macapá no dia 23 de julho para uma apresentação no Tocandira Ritual Fest. A noite terá ainda shows de 5 bandas amapaenses de metal e discotecagem. O evento vai iniciar às 19h, em um bar localizado no Centro da capital.

Formada em 1989, a Torture Squad lançou o primeiro álbum em 1998 e se consolidou como um dos maiores representantes brasileiros do metal extremo, tendo feito shows em diversos países europeus.

Com a saída do guitarrista e vocalista André Evaristo, dois novos integrantes foram recrutados para a Torture Squad: a cantora Mayara “Undead” Puertas e o guitarrista Renê Simionato. Eles se juntam ao baterista Amilcar Christófaro e ao baixista Castor para o show no Amapá. Esta é a segunda passagem da banda por Macapá; a primeira foi em 2011.



O Tocandira Ritual Fest terá os shows das bandas Keona Spirit, de heavy metal, Matinta Pereira, de deathcore, Amatribo e Carnnyvale, de thrash metal, e encerrando os shows locais, a banda Morrigam, de death metal.

Os ingressos antecipados estão sendo vendidos ao preço de R$ 20 em Macapá.

Serviço
Tocandira Ritual Fest com a banda Torture Squad
Data: 23 de julho
Local: Coffee Beer - Rua Binga Uchôa, 18 - Centro (próximo a Praça do Coco)
Hora: a partir das 19h
Ingressos: R$ 20 (antecipado)
Informações: (96) 98103-2109 / 98116-9717

quarta-feira, 22 de junho de 2016

"Cássia Eller - O Musical" será apresentado em Macapá

Nos dias 24, 25 e 26 de junho, será apresentado em Macapá o espetáculo 'Cássia Eller - O Musical'. A peça conta a história e carreira de uma das artistas mais aclamadas da música brasileira. Os ingressos estão sendo vendidos ao preço mínimo de R$ 40. O evento terá 4 sessões, no Teatro das Bacabeiras, no Centro da capital.

O espetáculo tem patrocínio do Banco do Brasil Seguridade e segundo a organização do evento, "Cássia Eller - O musical" conta a trajetória da cantora, desde os primeiros passos em Brasília até o reconhecimento nacional. O espetáculo também aborda as parcerias musicais, como a que a artista teve com o cantor e compositor Nando Reis, e também os relacionamentos amorosos, em especial, o vivido com Maria Eugênia, com quem criou o filho.

Com uma equipe de 19 pessoas, entre elas, sete atores e cinco músicos, o espetáculo já circula por todos os estados brasileiros. A produção do Rio de Janeiro tem texto de Patrícia Andrade e foi feita a partir de pesquisas e entrevistas com familiares e amigos de Cássia Eller.
O espetáculo de 2 horas terá todos os grandes sucessos da artista, que, com a voz rouca e estilo despojado, misturava o romantismo das letras com atitude rock and roll, conquistando fãs em todo o Brasil.

O roteiro passeia ainda pela criação autoral quase obscura de Cássia, como 'Flor do Sol', seguindo por canções que ficaram imortalizadas na voz dela, como 'Malandragem', que foi composta por Cazuza e Frejat.

O repertório do musical conta com mais de 30 canções. Entre elas, estão ‘Lanterna dos Afogados’, ‘Palavras ao Vento’, ‘Todo Amor que Houver nessa Vida’,  e ‘Que País é esse’, todas foram regravadas na voz de Cássia Eller.

A cantora é interpretada pela atriz e também cantora Tacy de Campos, escolhida entre mais de 1 mil candidatas que se inscreveram para as audições.

Serviço
Cássia Eller - O Musical
Data: 24, 25 e 26 de junho
Hora: dia 24, às 21h, dia 25 às 17h e 21h, e dia 26, às 19h
Local: Teatro das Bacabeiras
Ingressos: A partir de R$ 40
Posto de venda: Sorveteria Jesus de Nazaré e Teatro das Bacabeiras
Informações: (96) 3223-2650

segunda-feira, 20 de junho de 2016

TOCANDIRA RITUAL FEST II


Suindara Produções apresenta:

TOCANDIRA RITUAL FEST II

:::TORTURE SQUAD:::
Um dos ícones do METAL mundial, diretamente de São Paulo-SP

E mais...

-Morrigam (Death Metal Nativo)
-Carnnyvale (Thrash Metal)
-Amatribo (Thrash Metal)
-Matinta Perera (Folk Deathcore)
-Keona Spirit (Heavy Metal)
-Passinho Tech (Discotecagem)


►Data 23de Julho de 2016
►Local: Coffee Beer - Rua Binga Uchôa, 18 - Centro (próximo a Praça do Coco)
► Ingressos: R$ 20,00 - ANTECIPADO

INFORMAÇÕES:
96 98103-2109 / 98116-9717

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Norte Underground Fest


Neste sábado (11) ocorre mais uma edição do evento Norte Underground Fest, em Macapá. com a apresentação das bandas  RESTOS CARNAIS, HAMMER, EMPTY OF DARKNESS E SLOTH pra curtirmos o melhor do Metal! Até as 23 horas, cerveja ao preço de R$ 3.00 e Wifi Liberado!


Dia 11 de Junho!
Horário: 21: 00
Data: 11/ 06/ 2016
Local: Sintracom
Ingressos: R$ 10.00

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Iron Maiden em Brasília e a realização de sonhos de fãs


No dia 22 de março, a banda Iron Maiden se apresentou na cidade de Brasília, no Distrito Federal, com o 3º show da turnê The Book Of Souls no Brasil, encerrada em 26 de março em São Pulo. O blog OLHAR ALTERNATIVO acompanhou o emocionante show, que além de celebrar os clássicos da banda inglesa, apresentou o inédito trabalho lançado em 2015 e realizou o sonho de acompanhar de perto esta grande banda :)

No grande dia, desde cedo, milhares de fãs lotavam o entorno do estádio Nilson Nelson, palco do evento, Apreciadores não apenas da capital federal brasileira, mas de outros estados, a exemplo da equipe do blog, que saiu do Amapá para acompanhar o show, fãs do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul apareceram, com uma mistura de sotaques, expressões, mas a paixão pela banda era a mesma.



Os portões se abriram e iniciou a correria dos fãs para garantir o melhor lugar e acompanhar o Maiden em ação. Por volta das 19g, o ginásio foi tomado pela multidão. O primeiro show da banda The Raven Age, de George Harris, ninguém menos que o filho do patrão Steve, executar com bastante competência músicas como "Eye Among the Blind" e "Angel in Disgrace" que estão em seu primeiro EP. A apresentação não chegou a empolgar a plateia, mas foi respeitosamente assistida e aplaudida.


Em seguida, os fãs da banda Anthrax iniciaram a empolgação, e os veteranos do thrash/heavy metal chegaram quebrando tudo com a clássica "Caught in a Mosh", literalmente levantando o público na pista e nas arquibancadas. A pauleira continuou seguida de "Got the Time" e "Antisocial". As performances de Joe Belladonna e Scott Ian são impressionantes ao vivo, sobretudo nas excelentes "Medusa" e "Indians", com direito a referência ao Sepultura, pra alegria da galera. Um showzaço do começo ao fim,que ficou com gostinho de quero mais e ao mesmo tempo preparou bem o terreno para a atração principal.


Por volta das 21h20, "Doctor Doctor" do UFO ecoou por todo o Nilson Nelson, e todos sabiam que logo o Maiden estaria em ação. A intro nos telões levou o público ao êxtase e quando o vocalista Bruce Dickinson apareceu sozinho no palco, a plateia foi a loucura! A explosão de euforia com If Eternity Should Fail com a presença dos demais integrantes do Iron Maiden.


"Scream for Me Brasília" foi gritado pelo frontman Dickinson e em seguida, Speed of Light, single do novo album levanta o público.Impressionante é a palavra que pode resumir a performance do Iron Maiden, pois não é facil ter 40 anos de carreira e ser uma das bandas mais respeitadas no heavy metal mundial. Mas os caras são experientes no assunto e tomam conta do recado, fazendo um show para ningué, botar defeito.


O primeiro clássico da noite, Children Of The Damned, do álbum The Number Of The Beast foi cantada em coro pelo público. A banda segue privilegiando material do último álbum, a despeito da latente falta de renovação de seu público (média de idade na plateia era de 30 pra cima), mas empolga ao sacar "The Trooper", indiscutivelmente um dos pontos altos da noite. 



O trio de guitarras faz seu show à parte, no pacote, Janick Gers e seus malabarismos, Dave Murray e Adrian Smith com solos inspirados. A cozinha de Steve Harris e Niko McBrain sem comentários, perfeição de sempre. Com o público na mão, na sequencia final do show. o Iron mandou um clássico atrás do outro. O retorno de Hallowed Be Thy Name, a sempre empolgante Fear Of The Dark, com direito a um belíssimo e ensurdecedor coro dos cearenses, o incrível Big Eddie em Iron Maiden, as chamas de The Number Of The Beast, com direito a um Baphomet gigante, a sempre emocionante Blood Bothers e uma surpreendente Wasted Years fechando lindamente o show.







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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

E o Oscar vai para: Leonardo DiCaprio e a internet brasileira



A noite de domingo (28) foi histórica para os fãs do ator Leonardo DiCaprio venceu seu primeiro Oscar, pela atuçao no filme O Regresso. Esta foi a quinta indicação por atuação que o ator recebeu - a primeira aconteceu em 1994, por seu papel de coadjuvante em "Gilbert Grape: aprendiz de sonhador".

Ele foi indicado como melhor ator por papéis em "O aviador" (2004), "Diamante de sangue" (2006) e "O lobo de Wall Street" (2013).

"Precisamos apoiar os líderes ao redor do mundo que falam pela humanidade e não pelos grandes grupos industriais", disse o ator. DiCaprio aproveitou o fim de seu discurso para falar sobre um de seus temas favoritos, aquele pelo qual mais luta: a mudança climática.


E claro que o momento não passou em branco na internet, onde o norte-americano era alvo de constantes piadas. A torcida pelo ator era grande, e seus fãs comemoraram nas redes sociais com montagens e brincadeiras.

Confira uma seleção com memes sobre a grande vitória de DiCaprio.












E  a atriz brasileira Gloria Pires também não escapou das brincadeiras, sobre os comentários da cerimônia


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Paralelo universo e a despedida da banda DR SIN em Macapá



Jéssica Alves

No dia 12 de fevereiro, os macapaenses puderam curtir o festival Paraelo Unvierso, realizado no Trem Desportivo Clube em Macapá, com shows de cinco bandas locais e a atração nacional DR SIN, que está prestes a encerrar as suas atividades. O anúnciod, feito em 2015, pegou todos de surpresa, pois os músicos estão em excelente fase, tanto no que se refere à criatividade quanto à técnica, vide o CD "Intactus", lançado no ano passado. Uma prova disso ocorreu na apresentação na capital amapaense.


O evento começou por volta das 19h com show da banda Ultimato, que iniciou os trabalhos apresentando um metalcore autoral, voltado para letras cristãs. Esse foi o show de estreia do quinteto nos palcos amapaenses, que saiu bem aplaudido pelo público.



Em seguida, a banda Keona Spirit entra no palco, apresentando ao público a canção autoral "Shadow Lord", empolgando os fãs de heavy metal presente. Além de um set com covers de Angra, Shaman, e Iron Maiden, a banda apresentou a canção "Calígula".
 

Para encerrar o show, a cantora Hanna Paulino, da banda Hidrah, fez um participação especial em "Carry On", dividindo os vocais com Ravel Amajás. Um dos pontos altos do evento, com a grande aprovação da plateia.


A seguir o heavy metal cede espaço para o thrash metal da banda Terror Room, que contou com um set list de canções próprias e covers de Sepultura e Kreator, matando a vontade de muitos headbangers que estavam ali para curtir um som mais pesado.


O hard rock entra em cena com a banda Motel 69, que com canções autorais e covers de bandas clássicas do gênero, como Twisted Sisters, Skid Row, Guns N Roses e Kiss, brindaram os fãs do estilo com um show divertido e eempolgante (com direito a figurino e tudo). O show contou com a participação de Sebastian Sannewes, ex- Madame Burterfly, um dos pioneiros do gênero em Macapá, que dividiu o vocal com Vinny Neves e levou o público ao delírio.



Para encerrar o cast de bandas locais, Kairos entra em cena, com um set recheado de classicos do rock, para empolgar o público e preparar os ânimos para o show principal da noite. A vocalista Rai Corecha exibiu grande apresentação ao som de sucessos de Iron Maiden, Black Sabbath e Helloween. O público se empolgou.

Despedida 

 
Com a plateia gritando "DR SIN" sem parar, Andria Busic (baixo e vocal), Eduardo Ardanuy (guitarra) e Ivan Busic (bateria) subiram ao palcoe a vibração tomou conta do local. Com canções do mais recente trabalho, como "The Great Houdini", passando pelas clássicas "Fly Away", "Lady Lust" e "Time After Time" o início do show de empolgação geral, tanto da banda quanto do público.



Logo depois, Andria Busic levou a plateia ao delírio ao perguntar se estava na hora de incendiar o local. Todos entenderam o recado: estava na hora da música "Fire", cantada em coro pelos fãs, com destaque para os solos ágeis de Eduardo Ardanuy e a bateria rápida e precisa de Ivan.



Mas o show ainda tinha muito o que oferecer. Ainda vieram diversos clássicos da banda, como "Miracles", "Zero", "Revolution", "Isolated" e "Emotional Catastrophe, além de outras duas canções do álbum mais recente: "Saturday Night" e "We’re not Alone".



Um dos pontos altos do show foi quando Ivan Busic nos vocais, cantando uma canção do álbum solo lançado recentemente (vocês me perdoem não recordar o nome rs) e a provação foi geral. Além de ótimo baterista e compositor, o Busic tem qualidade como vocalista.

O bis também foi bastante empolgante. Trouxe "Down in the Trenches, Have You Ever Seen the Rain?", do Creedenca, e fechando o show, com muitos pedidos da plateia, "Futebol, Mulher e Rock and Roll", com direito a trechos de Beat it, do Michael Jackson, e Metamorfose Ambulante, de Raul Seixas.
 

Com três dos melhores músicos do Brasil  DR. SIN deu o seu recado e provou que deixará uma grande lacuna no rock and roll brasileiro, após quase 25 anos de carreira dedicado ao puro e verdadeiro rock and roll.

Ivan Busic disse ao longo do show que "o Brasil é um dos lugares mais difíceis do mundo pra tocar rock" e de fato é uma triste realidade no mercado fonográfico nacional. Apesar de estar encerrando as atividades, o DR SIN cumpriu sua missão, mostrando a muitos que apesar das dificuldades, o rock feito com amor e vontade pode sim ter reconhecimento, mesmo que da minoria. O importante é fazer a cena acontecer e desistir jamais, porque se não formos por nós mesmos a coisa não anda. 

Espelhemo-nos em músicos como Andria Busic, Edu Ardanuy e Ivan Busic, que tem os seus motivos para encerrar, mas fizeram algo verdadeiro e com certeza deixaram um grande legado que deve ser preservado a apresentado para as futuas gerações. VALEU DR SIN e salve o rock and roll no Brasil, Parabéns a eles e todos que estão na batalha para fazer a cena acontecer \,,/

Confira mais fotos do evento no nosso FACEBOOK

Cultura em peso! 20 anos de "Roots"



Aliando o peso do metal com a singularidade da cultura brasileira, a banda Sepultura marcou a história do rock nacional e mundial com o lançamento de "Roots", que completa 20 anos neste sábado (20).
Sociedade indígena, herança africana, escravidão, Chico Mendes, o cineasta Zé do Caixão são apenas alguns dos elementos das 16 faixas que compõem o trabalho, que se tornou um clássico no estilo musical.

Duas décadas após o lançamento, em 20 de fevereiro de 1996, "Roots" foi aprovado no teste do tempo. Ainda é um dos álbuns mais influentes e considerado importante para o heavy metal em todo o mundo, com mais de 2 milhões de cópias vendidas.


Mas o flerte do Sepultura com a música tradicional brasileira iniciou bem antes, com o antecessor "Chaos AD" (1993) na música "Kaiowas", uma composição acústica e focada no violão e percussão, sendo um dos destaques do álbum.

Em "Roots", o direcionamento alternativo aparece em canções como "Lookaway", que tem a participação de Mike Patton (Faith No More), Jonathan Davis (Korn) e DJ Lethal, em "Roots Blody Roots" e na clássica "Atitude".

As influências brasileiras marcam a presença na diferente "Ratamahata", com Carlinhos Brow, dividindo os microfones com Max, "Itsári" e em "Ambush", onde a mistura e o peso e as novas influências se mostra na medida.



Ou seja, "Roots" é um verdadeiro atestado da tamanha criatividade de uma das maiores bandas do Brasil e do mundo. Apesar de não ter agradado a gregos e troianos, é um grande exemplo de como se reinventar sem deixar as raízes.

Pena que a banda se desfez logo depois, com a saída de Max Cavalera para fundar o Soulfly (tão alternativo quanto o seu último trabalho com o Sepultura". Mas podemos dizer que foi uma saída em grande estilo \,,/

Roots

Max Cavalera - vocal, guitarra, berimbau
Andreas Kisser - guitarra, violões, backing vocals
Paulo JR. - baixo
Igor Cavalera - bateria

01. Roots Bloody Roots
02. Attitude
03. Cut-Throat
04. Ratamahatta
05. Breed Apart
06. Straighthate
07. Spit
08. Lookaway
09. Dusted
10. Born Stubborn
11. Jasco
12. Itsári
13. Ambush
14. Endangered Species
15. Dictatorshit

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Angra e Sepultura no carnaval: quebra de barreiras e inovação na cena



Antes de mais nada, confesso logo que sou suspeita em falar sobre a questão de Angra e Sepultura, minhas bandas favoritas no cenário metal brasileiro, terem se apresentado no sábado (6) no bloco de carnaval de Carlinhos Brown, na cidade de Salvador (BA). Afinal, sou daquelas fãs que apoia os músicos em suas ideias inusitadas.
 

E não foi diferente neste fim de semana. Claro que o assunto rendeu uma boa polêmica na internet. Os "metaleiros" se dividiram em opiniões distintas. Há quem odiou a ideia, pois para eles o metal não é um estilo que combina com o cenário carnavalesco e muito menos trio elétrico. 
 

Concordo em partes, mas por outro lado, vejo essa questão como algo histórico na música brasileira. Não que o metal dependa disso para ser reconhecido. Longe disso, o metal sempre está vivo no underground, sempre que houver o fã que se identifique e consuma o produto, ele estará lá. 
 

Mas estamos no Brasil, e por mais famosa que sejam ambas as bandas, considerados ícones do metal brasileiro, se comparando com o cenário em geral, Angra e Sepultura ainda são underground sim. E ser homenageado na maior festa popular brasileira (você gostando ou não) é algo a ser celebrado.
 

Primeiro que eu não vi ninguém ridicularizando o estilo do rock. Preconceito sempre existe, não vamos negar e assim como somos alvos de piadas, também adoramos fazer piadinha com o gosto musical alheio né (eu mesma faço e não deixo de achar divertido). Mas a questão é que esta foi uma oportunidade de quebra de barreiras, onde o rock pode ser celebrado no meio de foliões sim. 
 



Eles são músicos, e esta não deixa de ser uma grande oportunidade de expandir e mostrar que o metal está sim mais vivo do que nunca, por mais que muitos insistam em matá-lo com ideias pessimistas ou falta de apoio. Mas isso é assunto para outras discussões. Uma experiência curiosa e ousada.

A iniciativa de Carlinhos Brown, que por sinal, foi alvo de milhares de garrafinhas de água mineral durante o Rock In Rio, na  noite do Iron Maiden, é uma resposta educada e divertida em celebrar o rock, quebrando as barreiras. E o que é a música brasileira se não a diversidade? O encontro reviveu a parceria que o músico tinha iniciado com o Sepultura em 1996, quando tocou "Ratamahtta", uma das faixas do disco Roots, que completa 20 anos, igual o "Holy Land" do Angra.  
  
 
Até porque o Angra e o Sepultura desde sempre tiveram a "brasilidade" como pano de fundo do seu diferencial no cenário heavy metal. E se outras culturas podem celebrar as canções populares, porque o brasileiro não? E porque não celebrar o rock na festa popular do Brasil?
 

Mas a inovação é assim mesmo, sempre causará espantos e críticas. Se depender de aprovação de maiorias, grandes obras da música jamais seriam criadas. Para inovar, tem que ter coragem. E por isso eu apoio a iniciativa das bandas. 

Não é só por dinheiro, como muitos falam. É por ser músico e gostar muito deste ofício a ponto de querer sair da mesmice e de vez em quando fazer um barulho diferente na cena metal brasileira. Parabéns às ambas as bandas e também as milhares que estão no undergound fazendo isso acontecer. Cada um à sua maneira, mas toda valorização do rock e metal para mim são válidos \,,/ 

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