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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Harmonia, Melodia e Ritmo banhados em sangue


Música é lembrada como algo encantador, apreciado por muitos. Isso porque sempre temos alguma trilha sonora, recordamos de bons momentos quando toca uma música, ficamos felizes. Ou então é o contrário, ao associar música a algum momento ruim.
E quando ela lembra a morte? Nossa aí vira um caos, quase ninguém gosta de algo que associe música com morte. Apenas poucas pessoas conseguem admirar esta mistura.
Eu sou uma delas. Fã confessa de Death Metal (estilo dentro do Heavy Metal que fala de morte e violência) não vejo nenhum problema em pegar uma arte, como a música e retratar um tema que todos querem evitar. Chamo isso de ousadia artística. E esta ousadia não se limita apenas no heavy metal. Podemos conferir a dupla música/morte em outros setores da arte.
Um bom exemplo é o filme musical “Sweeney Todd – O barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” de Tim Burton (adoro esse cara!). O universo “bucólico macabro” de uma Londres vitoriana fétida e a sede demoníaca de vingança do Sr. Todd são irresistíveis.
Um filme ousado, pois faz jus ao gênero tragédia clássico e com fortes toques de terror e comédia. Um filme em que Tim Burton dirige com maestria. Sem fugir de seu estilo gótico, com os cenários, o figurino e as cores sombrias, com a já clássica combinação de fotografia cinzenta e destacando, sempre que possíveis cores belíssimas rendendo um verdadeiro contraste.
Além de toda a beleza técnica, o filme encanta pela história do barbeiro Benjamin Barker (Johnny Depp) que foi injustamente mandado para a prisão por um juiz sem escrúpulos que decidiu tomar sua esposa. Com a morte da mulher, este ficou guardião de sua filha.
Quinze anos se passaram e Benjamin retorna a Londres sob o nome de Sweeney Todd, e sedento de vingança e com um extremo ódio que possui a todos daquela cidade. Para isso, conta com a ajuda da Sra. Lovett (Helena Bonham-Carter) que prepara recheio de suas tortas com os cadáveres daqueles que ousaram atrapalhar os planos de Sweeney Todd.
E a dupla música/morte anda de mãos dadas com a perfeição. Um filme de cenas fortes, sangrentas, cruéis como a morte, mas sem deixar de lado a essência de um filme musical e mantendo de forma surpreendente a história interessante e repleta de belas canções, muito bem interpretadas pelo elenco.
O filme conta com um grande time de atores, além de Johnny e Helena há belas interpretações de Alan Rickman (Juiz Turpin), Sacha Baron Cohen (Adolfo Pirelli), Timonty Spall (Beadle Bamford), Jamie Campbell Bower (Anthony Hope), Jayne Wisener (Johanna), Ed Sanders (Toby), Harry Taylor (Sr. Lovett), Laura Michelle Kelly (Lucy)
Um musical trágico, violento, sombrio, Que obviamente não agrada a todos, mas sem dúvida executa com perfeição todos seus atributos técnicos. Exibe um elenco de primeira linha e apresenta algo o mais do que é visto normalmente nos cinemas. Um filme que apresenta cenas fortes que dificilmente serão esquecidas pelos amantes da sétima arte. Um filme que seja pela crueldade e violência mostrada, seja pela perfeição técnica, ou seja pelas belíssimas canções, deixará marcas tão profundas quanto aquelas que o barbeiro demoníaco fez em seus clientes.

Um comentário:

  1. o tema sonbrio é evitado por mtos em nossa sociedade, que com extrema ignorancia abobinam tudo que trais esta atimosfera, a vida e a morte sao elementos que formam o mesmo contexto, e todos vivenciaremos isto! obras assim que fogem do convencional demarcando a quebra das fronteiras dentro da arte, afianl isto é liberdade, parabens pela materia.

    Ravel Amanajás

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