Monsters of Rock Amapá agita headbangers no Museu da Imagem e do Som

No sábado (6), foi realizado em Macapá o evento Monters of Rock Amapá  e contou com a particpação das bandas Keona Spirit (Heavy/Power Metal), Amatherasu(Doom Metal) e Cerimonial Sombrio (Gothic Metal). O evento, organizado pelo músico Alan Flexa, aconteceu no auditório do Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP), localizado no segundo piso do Teatro das Bacabeiras e contou com parceira do MIS, Liberdade ao Rock e Marcio Tatto.

O fato de ser realizado às vésperas das eleições fez com que o evento iniciasse às 19h30. A primeira banda a tocar foi a Keona Spirit, que vem ganhando mais destaque na cena local com o feeling do heavy metal, que inspira os músicos a cada apresentação, levando covers de clássicos do estilo. Wasted Years (Iron Maiden) abriu o repertório, que serviu para aquecer os headbangers presentes, que acompanharm a canção, fazendo coro no refrão. Após agradecer o público, o vocalista Ravel Amanajás chamou o músico Alan Flexa (Amatherasu) para fazer uma participação especial, tocando guitarra em Raibow in The Dark (Dio). O peso extra e a interação com a banda garantiu uma ótima apresentação.

Distant Thunder (Shaman) foi executada com empolgação, com destaque para a bateria inspirada de Amisadai Iglesias, realizando um pedal duplo que impulsiona tanto a banda quanto o público. As guitarras de Michel Trajano e Tomil Monteles anunciam que Paranoid (Black Sabbath) é a próxima canção, muito bem executada, por sinal. “Está na hora de quebrar a lei!”, anuncia o vocalista o que indica que Breaking the Law (Judas Priest) está por vir. Mais coros por parte da plateia e o trio Michel, Gabriel Wetch no baixo e Tomil executam com maestria a canção.

Pausa no show e o teclado de Dyuna Monteles puxa a introdução de Lisbon (Angra), que empolga os fãs com o clássico na era Andre Matos. Tanto as partes suaves quanto mais pesadas são executadas com perfeição e o vocal de Ravel Amanajás, a cada agudo, contagia os presentes.

Futebol, Mulher e Rock and Roll (Dr. Sin) é a próxima, cantada com empolgação pela plateia. Angels Cry (Angra) é o momento máximo do show, o qual a galera agitou e as guitarras de Tomil e Michel foram o grande destaque, além da ótima presença de palco de Ravel. The Number of the Beast (Iron Maiden) encerrou com chave de metal, como disse o vocalista, com direito a uma roda insana e muita alegria da galera. O ótimo desempenho garantiram um divertido show da Keona Spirit, que está de parabéns.

Sem grande intervalo, a banda Amatherasu é a próxima a se apresentar Formado por Jéssica Lima (vocal), Ygor Valente (vocal), Leandro Paiva (baixo), Lenno Marques (guitarra), Gabriel Taz (bateria) e Alan Flexa (teclado), o grupo apresentou quatro músicas próprias: Abismo de Pandora, Herança de Sangue, Eclipse parte 1 e Eclipse parte 2. Mesmo com a certa timidez do público, a banda não se abalou e mandou ver. O gutural de Ygor fez um belo dueto com o lírico de Jéssica, combinando muito bem com a proposta musical do grupo. Alan Flexa com o teclado, garante um destaque especial para as canções. E as guitarra de Lenno e o baixo de Leandro complementam a beleza e particularidade das canções executadas pela banda.
 

Representantes do tenebroso Doom Ghotic metal no Amapá, a Amatherasu é uma banda que também está em ascensão na cena local, com destaque para o show de estreia, realizado no Dia Mundial do Rock. Com um estilo diferenciado, pouco explorado por aqui, eles fortalecem o estilo, cujo um de seus pioneiros é a banda Cerimonal Sombrio. O reconhecimento do público é visível, conquistanto mais fãs e admiradores a cada dia.

Forte representante do ghotic/black/doom metal desde 2005, a banda Cerimonial Sombrio encerrou a noite também apresentou suas músicas próprias, inspiradas pelo Symphonic e Black Metal. Com maestria, as canções  Sucubo, Song for the lost Soul e Darl Wishes, com um som bastante inspirado que também contava com uma alternância entre um vocal Rasgado e Gultural e o Lírico, cantados em inglês e português. Mais um ótimo representante amapaense do gênero.

Resumo da ópera/metal: Monsters of Rock foi um evento marcado pela amizade e cooperação, por parte da organização e provando que um evento com estilos diferentes é uma alternativa para os headbangers amapaenses e os estilos levados pelas bandas (heavy metal, gothic, doom) há certo tempo andam meio esquecidos na cena local. Parabéns ao Monsters of Rock e que tenha sucesso para essa iniciativa com o objetivo de fortalecer  o cenário headbanger amapaense.