Ontem, dia 17, fez 50 anos que o Brasil se despediu de um dos maiores gênios da música nacional. Aos 72 anos, Heitor Villa Lobos falecia no Rio de Janeiro. Um dos principais expoentes do modernismo brasileiro, Villa-Lobos trabalhou na fronteira entre a música popular e a erudita, sendo marcante a presença do folclórico na sua obra.
E para celebrar o maior representante da música clássica brasileira, ontem em diversas capitais houve apresentações de quase todas as orquestras sinfônicas e filarmônicas do país.
Nascido no dia 5 de março de 1887, Villa Lobos revolucionou a música clássica brazuca ao incluir elementos folclóricos, populares e indígenas em seu repertório. inspirações que surgiram a partir de uma viagem de mais de dois anos pelo interior do país em sua juventude.Autodidata e pouco formalista, Villa-Lobos compôs cerca de 1.000 obras e foi um dos principais responsáveis pela reformulação do conceito brasileiro de nacionalismo musical. O compositor foi um dos grandes responsáveis pela divulgação da música brasileira, muito antes do Samba e da Bossa-nova.
Na década de 20, apoiado pelo pianista polonês Arthur Rubinstein, viajou a Paris para continuar os estudos musicais na França, onde conheceu os principais artistas da época como o pintor espanhol Pablo Picasso.Villa-Lobos, autor de pelo menos 1200 peças, várias ainda inéditas, foi uma figura importante na renovação cultural brasileira na Semana de Arte Moderna de 1922
Não foi pequena a comoção pelo desaparecimento do nosso maior compositor. Para um grupo, desaparecia o criador de uma música essencialmente brasileira, o desbravador de sertões e florestas em busca do folclore que serviria de inspiração para suas obras; para outro, o grande vilão da criação moderna, símbolo de atraso e conservadorismo.
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