Insano!!! Assim foi o show do Angra em Macapá

Galera aguardando o show (foto Edu Falaschi divulgou no Twitter)

Apos a confirmação no site oficial da banda, iniciou uma jornada de ansiedade pura em Macapá, com os mais fanáticos contando as horas para o tão esperado momento. Angra finalmente se apresentou em solo amapaense, pela primeira vez nas duas décadas de carreira do grupo.

Após um dia quente, chuva chegou para deixar o clima mais agradável, e até veio a calhar com a apresentação do Angra, já que o show fazia parte da turnê "Aqua", nome do sétimo álbum de estúdio da banda brasileira de heavy metal com repercussão mundial.

Para o desgosto da maioria, diversos ritmos faziam a trilha do Equador Veão, evento realizado pelo Governo do Amapá. Entretanto, 98% do público presentte queria ouvir rock and roll!!! Que foi logo injetado com a banda amapaense HidraH.

A ansiedade continuava. Em menos de meia hora, pista lotada de gente, assim como as arquibancadas. Sorrisos e gritos impacientes imperavam no local. A galera cantando, gastando energia e esperando em pé a entrada da atração principal.

Trio parada dura (foto - Tirada do Facebook de Ygor Agares)

Por volta das 22h30, eis que os trovões anunciam a chegada de "Vinderunt te Aquae" e logo em seguida a poderosa abertura de "Arising Thunder", com riffs inspirados de Rafael Bittencourt e Marcelo Barbosa (que com muita honra substituiu Kiko Loureiro, que esta na Europa).

Aparelhagens perfeitas, som cristalino da voz e instrumentos. Faço questão de destacar ao baixo muito bem timbrado e volume regulado de Felipe Andreoli.

Após a ótima execução da banda para sua música de trabalho do disco Aqua, vem então a saudosista "Angels Cry", do seu primeiro álbum (homônimo), que não falta no show deles. Essa é de lei. O público canta bastante e levanta as mãos para prestigiar essa música que já esta na tradição da banda, e funciona muito bem ao vivo.

Depois de dar as boas vindas à Macapá o vocalista da banda, Edu Falasci, juntamente com Rafael Bittencourt (guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) a banda, deu continuidade ao show

A primeira surpresa foi a execução de Waiting Silence, do álbum "Temple of Shadows". Poucos foram o que acompanhavam a música, já que esta não é um dos rits do álbum. Executada com maestria.

Luz azul em "Heroes of Sand" - foto Jéssica Alves

Depois a execução de "Heroes of Sand", do álbum “Rebirth”, pra dar uma acalmada na galera se espremendo muito lá na frente.Chega a vez de "Lease of Life", essa é perigosa. Executada a baixo do tom, algo em torno de 1 tom abaixo, mas sem tirar o clime, que com a fina chuva caindo, criou um cenário perfeito.

Essa que é uma das mais difíceis do álbum “Aqua”, em minha opinião. Tudo tranqüilo, duas músicas lentas pra galera apaixonada (estava ao lado do meu namorado, outro fanatico por Angra) porém não acabou ai.

Marcelo Barbosa e Rafal Bitttencourt fazendo dueto de guitarras (foto - Tirada do Facebook de Ygor Agares)

Como se não bastasse, vem a introdução "Deus Le Volt!" e o power de "Spread Your Fire" encerrando com chave de ouro as músicas do álbum Temple of Shadows. Depois mais saudosismo com "Nothing to Say", na seqüencia, leva o público ao ápice até então. Muita gente gritando os refrãos e relembrando os velhos tempos.

Enquanto a galerva gritava "Nova Era", A banda puxa "The Course of Nature", primeira do álbum "Aurora Consurgens", o menos escutado e conhecido da banda. Neste momento, apenas os fãs de verdade acompanhavam Edu Falaschi, com empolgação.

A banda faz uma passagem no disco Fireworks, tocando a música "LISBON" do último disco de André Matos. Alguns cantam juntos, alguns assistem.Como sempre, não podia faltar a música "Rebirth" do disco homônimo, que fez muito sucesso na passagem da formação do Angra em meados de 2001. Edu se sentou na bateria e tirou uma foto do público.

Nesse momento, os músicos agradecem e saem do palco, no seco, deixando uma ponta de decepção nos fãs, que tanto aguardavam as musicas de maior sucesso da banda. Entre uns xingamentos e outras risadas, começa a introdução: "Unfinished Allegro" para o encerramento com "Carry On" emendado em "Nova Era".

O ápice do show, foi quando a coordenação liberou a grade para o público se aproximar mais do palco e a insanidade tomou conta do espetáculo. Ninguem mais se importava com a lama, chuva, cansaço, área limitada. A alegria e euforia tomou conta da platéia. Um show inesquecível para os macapaenses. Solos de guitarra bem encaixados e um entrosamento da banda que deu gosto.

Achei um momnto surreal, insano que ficará registrado na história do rock em Macapá. Até que enfim um show de ponta para contemplar a juventude, pois o seguimento rock cresce no Amapá a passos largos. Um prêmio para quem esperou tanto.

Meu sonho de quase uma década se realizou. Conhecê-los pessoalmente (A com o Kiko foi tirada em maio) Lamento apenas não ter conseguido falar com o Confessori, mas tudo bem. Angra!!!

A Nova Era Tucuju se consolidou. OLE OLE OLE OLÁ, ANGRA ANGRA!!!!!