Foto: Arquivo MIS/AP
Em Macapá, assim como em diversos
outros municípios brasileiros, a linha comercial é um dos principais pontos
adotados nas redes de cinema, e conseqüentemente com a ambição do lucro, em que
ficam a disposição do público obras de consumo rápido e em massa, poucas
produções nacionais e locais (nesses casos, até nenhuma), entram no eixo das
exibições. Se não frequentar espaços alternativos, parte do público, que não
têm condições de arcar com os preços dos ingressos, fica de fora das salas.
E é nesse terreno que entram os
cineclubes, que são associações sem fins lucrativos que estimula os seus
membros a ver, discutir e refletir sobre o cinema. O papel do cineclube é
facilitar o acesso das comunidades ao audiovisual, além de exibirem obras
negligenciadas pelas salas comerciais.
Atualmente Macapá possui um cineclube
que já pode ser considerado fixo, pois está próximo de completar dois anos de atividades:
o Clube de Cinema, resultado de uma parceria institucional do Museu da Imagem e
do Som no Amapá (MIS-AP), Sesc – AP e Festival Imagem-Movimento (FIM).
Com sessões quinzenais, o principal
objetivo do Clube de Cinema é ser uma proposta alternativa de difusão
audiovisual, com a exibição de curtas, médias e longas-metragens que
dificilmente chegariam ao público amapaense, priorizando assim produções
locais, nacionais e independentes.
De acordo com o gerente do MIS-AP,
Alexandre Brito, em 2010, as primeiras sessões do Clube eram realizadas na sala
de cinema do Serviço Social do Comércio (Sesc), no Araxá, e contava com um
público de aproximadamente dez pessoas.
‘’A seleção dos filmes que compuseram
a primeira sessão, realizada na Sala Charles Chaplin, buscou iniciar o projeto
Clube de Cinema mostrando que, na Amazônia, se produz audiovisual de qualidade
e que, declarações contrárias a esse fato, precisavam ser desconstruídas’’,
informou o gerente do MIS-AP, Alexandre Brito.
Além das exibições, que buscam unir
produtores e público, há espaço para debates em torno das temáticas
desenvolvidas nos filmes, que estimulam a visão crítica, a reflexão e troca de
ideias entre os cinéfilos, e este é um dos diferenciais entre os cineclubes e
comerciais salas de cinema. ‘’Temos a possibilidade de ouvir os pensamentos e
as idéias que o filme provocou no outro que, muitas vezes, nem conhecemos. Há,
nos cineclubes, essa troca, esse intimismo no qual as experiências fílmicas são
compartilhadas e socializadas’’, complementa Brito.
A proposta é que, com o tempo
possa haver, além das sessões de filmes, uma programação com palestras, relatos
de experiências, conversas com diretores e demais atividades que possam
consolidar o movimento cineclubista. ‘’O Clube de Cinema funciona como um
meio de libertação da mente, um passeio pela essência dos criadores de
histórias, por momentos você passa a ser parte desta essência e percebe que
também é capaz de ser um realizador de sonhos. Dos seus próprios sonhos’’,
contextualiza Mary Paes, uma das colaboradoras do Clube de Cinema.
Serviço
Clube de Cinema
Data: A cada quinze dias
(sábados)
Hora: 18h30
Local: Auditório Museu da Imagem
e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Não sou frequentadora assídua do Clube de Cinema, mas das vezes que fui sempre me emocionei com os filmes e me enriqueci com as discussões após as sessões! Acho totalmente válido o projeto e parabenizo a todos que estão frente do mesmo! Precisamos deste tipo de incentivo à sétima arte na nossa cidade!
ResponderExcluirValeu muito pela força Jéssica, estamos preparando com muito carinho a programação de aniversário do dois anos do Clube de Cinema. Será dia 26.05! Convite estendido a tod@s, claro!
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