Foto: Camila Karina
No dia 18 de maio, os thrashers da
banda Bywar estiveram pela primeira vez em solos amapaenses para participar do
Zombie Night Fest e apresentou ao headbangers do Amapá o trabalho que já atinge
16 anos de estrada, com influencia de uma das principais chamadas grandes
escolas do estilo thrash metal: mais agressiva, fazendo a linha alemã das
bandas Destrucion e Kreator.
Com carreira consolidada no
underground brasileiro, os paulistas mostram-se bem entrosada em diversos
aspectos como apresentação ao vivo (como pude constatar no ótimo show dos
caras), composição, tecnica e tambem nas entrevistas, como essa que foi
concedida com exclusividade para a equipe do fanzine amapaense Registro Importante
Porra! R.I.P (em breve será lançado na versão impressa). Apesar das fortes
influencias, e nítida as características próprias do quarteto.
Foto: Jéssica Alves
A banda
iniciou suas atividades em janeiro de 1997 em São Caetano do Sul - SP como um
power trio, formado por Adriano Perfetto (G/V) Victor Regep (B) Enrico Ozio
(D), logo passando a ser um quarteto com a entrada de Leandro “ KISS” no baixo
liberando Victor para tocar guitarra. Mas este ficou por pouco tempo na banda e foi substituído pr Helio Patrizzi, que atualmente é considerado carinhosamente pelo grupo como um dos membros co-fundadores. O Bywar começou a fazer alguns shows pela
região do grande ABC divulgando aos poucos o nome e o Thrash Metal que
executavam.
Em 2004, ocorreram algumas divergências de idéias com Victor Regep, o que resultou em
sua saída da banda, mas o contato e a amizade duram até hoje. Após esse episódio, o Bywar consegue arranjar um novo guitarrista. “Renan Roveran”, antigo amigo de Adriano Perfetto, entra na banda como uma injeção de animo e motivação, dando uma nova alma a banda e uma imagem ainda mais Thrash do que o Bywar já tinha. Este que havia tocado com algumas bandas do gênero pela região de Sorocaba, sendo uma delas o Alcoholikiller, mas nunca se encaixou da maneira desejada nas bandas, como ocorreu no Bywar.
Nesse bate papo com esta blogueira, acompanhado do repórter
Bruno Monteiro, com muito bom humor a banda falou de diversos assuntos, como as
gravações do disco, a atual cena Metal brasileira e os planos para o futuro.
Confiram.
Foto: Camila Karina
R.I.P – Ola galera do Bywar, primeiramente digo que
e um prazer receber vocês em nossa cidade. Sejam bem vindos.
Bywar – Valeu, galera. Muito bom poder estar aqui na cidade
R.I.P – Bom, como e a primeira vez que irão tocar
em nossa cidade, que ate entao esta localizada distante dos grandes centros culturais do Brasil. Contem a expectativa de vocês e as impressões preliminares
sobre nosso publico.
Foto: Camila Karina
Enrico Ozio – Primeiramente tocar em Macapá é
quente (risos) é a primeira sensação. Mas assim, não sei se dá para falar que
estamos fora de um grande centro, porque para o metal não há grande centro, o
metal, o underground em si já é muito louco em qualquer lugar, encontramos
bangers em qualquer lugar, não há diferenças. Meu, nada difere, ser headbanger
não importa o local.
R.I.P - O que “Abduction” tem
representado para vocês até agora?
Foto: Jéssica Alves
Adriano
Perfetto: “Abduction”, definitivamente, teve um diferencial em relação aos
outros CDs, tivemos tempo para fazer tudo com calma, o Renan e eu já vínhamos
compondo mesmo nas épocas do “Twelve Devil’s...”, então foi algo bem mais
confortável. Chegamos ao estúdio com tudo pronto e já sabendo como seria.
Notamos também a evolução de cada um de nós e sentimos que esse, realmente, é
nosso melhor trabalho até hoje desde composições que abordam muito sobre o tema
Ufologia (que é algo que adoramos) até os últimos instantes da mixagem.
R.IP - Em relação a cena do Brasil,
com o metal, Com a nova ascensão do Thrash, como vocês avaliam o underground e a cena
brasileira e o fato de que atualmente há um outro gás, especialmente no Norte
e Nordeste de nosso pais?
Renan – Possuímos gratificantes experiências
em tocar no norte e nordeste do Brasil, me recordo a primeira vez que viemos
para essa região e foi surpreendente, a recepção que tivemos foi legal para
caramba, em Belém (PA) e em relação ao metal no Brasil, há todas as
dificuldades, mas é muito foda. Especialmente porque a música que fizemos é a
que gostamos, o metal o rock e suas personificações, não tem muito a ver com a
cultura brasileira. Vamos contra a cultura e a maioria da galera que vai a
shows, compra material das bandas, produz shows undergrounds, correm atrás,
gravam, todos fazem com todo o esforço e eles fazem acontecer. E você vê um
reconhecimento grande no norte e nordeste a sentimos que essa forca e esta
funcionando. Acredito que o metal no Brasil é do caralho, pois ele acontece
pela união de quem faz a cena acontecer
Foto: Camila Karina
Hélio Patrizzi: Comparando com o cenário de 15 anos
atrás, quantitativamente, a cena hoje está muito maior. Quando começamos eram
poucas as bandas de Thrash Metal com quem tocávamos. A cena Thrash estava meio
estagnada. Essa nova ascensão trouxe muitos bangers e injetou sangue novo.
Várias bandas surgiram de lá para cá, o que enriqueceu muito a cena. Qualitativamente,
o espírito continua o mesmo. Bangers trabalhando arduamente no underground
honrando a cena. Mais ou menos como diria nosso grande amigo Poney do Violator:
“underground é underground”. As coisas são feitas com muito amor e cada banda,
evento, revista, zine, web site só é feito por meio de muita batalha. O
underground é movido por esse espírito. Para melhorar, creio que o caminho já
esteja bem marcado há muito tempo. É só manter a chama do underground acesa.
Esse espírito de querer e fazer as coisas cada vez melhores é muito bom para a
cena.
R.I.P - Vocês trabalham com thrash
metal, mas vocês possuem uma temática mais abordada em suas musicas?
Helio – Bem na verdade somos mais
livres, não temos uma definição única. Tudo que gostamos, observamos, gostamos
de trabalhar
Enrique - É tudo muito expontaneo, pow
todos gostam de temas diferenciados. Geralmente existem decisões, mas quando fazemos
musicas, há temas que absorvem a musica. Gostamos de ler, estudar temas
diversos e vamos criando a formula para o Bywar.
Foto: Jéssica Alves
Adriano Perfetto – Mas gostaria de
destacar que atualmente temos uma temática mais sobrenatural e ficção cientifica,
coisas que gostamos desde crianças, apesar de alguns terem medo (risos). Mas é
muito bacana, temos em comum e expomos na forma metafórica. Eu particularmente não
gosto de compor temática política, pois creio que é algo muito particular. Mexe
com opiniões e na minha arte, sempre gostei de trabalhar com algo que amplie os
horizontes, não podemos nos prender a nada.
Helio – Acho que no final todos fomos
abduzidos (risos).
R.I.P - E como voces avaliam a proporção adquirida com o Bywar?
R.I.P - E como voces avaliam a proporção adquirida com o Bywar?
Henrique – Estamos com 16 anos na
estrada, e tudo que fizemos ganhou uma
boa proporção nacional e internacional, e acreditamos que a gratificação e grande. Sempre rolou o lance de
tocar e a nossa idéia é continuar assim. Nossa pegada é essa. Vamo continuar levando nossa turne do “Abduction” com essa vontade e alegria de elevar o metal a quantos lugares for possivel alcançar.
R.I.P - Voce falou dos temas de ficção
cientifica. O interessante das musicas é que lembra algumas letras de outras
bandas, como do Annihilator, ''Alice in Hell''. Tem alguma relação entre essas letras?
Adriano – Apesar de eu amar essa
musica Alice on Hell, algumas letras tem a ver com o filme ''O Exorcista'',
especialmente a ''Heretic Sings'', que é um filme que mudou a minha vida, abriu idéias e ao mesmo tempo que estava
compondo, o Helio estava bolando o videoclipe e ficou muito legal.
Foto: Jéssica Alves
Edicao: Jéssica Alves
Com informações do Whiplash.net e My Space oficial do Bywar
A pesar de todos os contratempos o evento como de costume foi mto bom. Mto legal ver grupos como a Zombes produções, investirem na cena Metal. Parabéns ao blog pela cobertura e até a proxima.
ResponderExcluirRavel Amanajás