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segunda-feira, 30 de julho de 2012

"Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge" encerra de maneira digna trilogia




ATENÇÃO: CONTÉM SPOILER


Após quatro anos de espera, chega aos cinemas “Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge” encerrando assim a trilogia conduzida por Christopher Nolan, desde 2005, com Cristian Bale na pele do homem-morcego. E como fã digo: esta saga merece o seu lugar marcado no hall das grandes trilogias do cinema. Antes de partir para o terceiro longa em si, acrescento que Chris Nolan conseguiu passar o que queria, um Batman mais realista, um incrível detetive, um homem com seus ideais e conflitos por trás da máscara (seja de Batman ou Bruce Wayne). 




E mais uma vez o diretor afirmou que o seu “Batman” não é a adaptação de nenhuma HQ, e sim um mescla de várias sagas adaptadas para assim costurar o seu universo. Batman não possui superpoderes. É um homem que dedicou a vida e seus recursos a uma guerra contra o crime. Entretanto, logo revelam-se as consequências dessa escolha. 

“Ressurge” apareceu para concluir a história de maneira bacana e surpreendente, com ligação direta com os demais longas. O diferencial é que aqui é história é mais grandiosa, mais complexa e encaixa com o vilão da vez, Bane. 


Vilão


E claro, acompanhando muitas resenhas vejo que o primeiro detalhe logo acrescentado é a falta do psicótico vilão Coringa. Fez falta? Sempre fará, claro. E Nolan realizou a melhor homenagem para o palhaço do crime e Heath Ledger neste terceiro filme: de maneira intocada.  Sim, Heath Ledger interpretou de maneira assustadoramente perfeita o último vilão da franquia, porém, vamos dar uma chance a Tom Hardy, pois seu personagem, Bane, é um torturador de almas, sem coração que faz de tudo para destruir a cidade natal do homem morcego.



As diferenças entre Coringa e Bane permitem ao diretor a possibilidade de explorar dramaticamente diferentes facetas do herói.  Ao levar seu corpo ao limite, Bruce o deteriorou e, agora, ele já não responde mais. Para ressurgir, não só como herói, mas também como ser humano, ele precisa reavaliar as decisões que o trouxeram até aquele ponto, e decidir como prosseguir.  O mercenário Bane aparece então para dar uma agitada, criar o caos, explodir algumas coisas, destruir a cidade, quebrar o Homem-Morcego. Você sabe, o de sempre quando se trata de vilões de quadrinhos.

Bruce terá então de vestir a capa e o capuz uma vez mais para enfrentar um adversário muito mais forte e plenamente capaz de vencê-lo naquela que talvez seja a batalha definitiva por Gotham City.  Para sair do exílio e salvar a cidader, Wayne / Batman procura mais uma vez os serviços de Lucius Fox (Morgan Freeman) e suas armas mais avançadas (na cor preta rsrs). E na colaboração está Comissário Gordon (Gary Odman), um policial novato, John Blake (Joseph Gordon Levitt), uma bilionária de passado obscuro, Miranda Tate (Marion Cotillard) e uma ladra que pode ser uma aliada, Selina Kyle (Anne Hathaway), que por sinal, nunca é chamada pelo nome de Mulher Gato.




Ponto para ela e Nolan. No início desconfiei da presença de Anne no papel, mas hoje entendo o porquê da escolha de Nolan. Além disso, o diretor introduz vários outros personagens de maneira correta, pois nenhum desses papéis é utilizado apenas para preencher espaços. E assim Christopher Nolan usa seu talento e faz o filme de quase três horas passar como se fossem duas. Conseguiu realmente surpreender o público com a caracterização de Robin e a vilã escondida Miranda.


Quem é ligado nas HQs percebe que o roteiro de “Ressurge” é baseado em A Queda do Morcego (com Bane presente, não poderia ser diferente) e Terra de Ninguém. E dessa vez os desafios enfrentados pelo herói são maiores, literalmente.  O Batman perfeito e quase indestrutível de “Cavaleiro das Trevas” já não existe mais. Agora ele é mais humanizado e claro, com o toque realista que destacou essa saga.




Com quase 3 horas de duração, o filme prende seu público do início ao fim.  a conclusão digna e mais que satisfatória do Batman de Christopher Nolan. Assim como seus antecessores, é um filme do personagem feito por quem o compreende, ou seja, os seus fãs. É entretenimento de primeira, com uma qualidade absurda, que tanto faz falta nos atuais blockbusters lançados em Hollywood. 

É para ser visto mais de uma vez e apreciado, junto das outras partes da trilogia, como a melhor encarnação do Morcegão no cinema. Dever cumprido. Nós, fãs, claro agradecemos muito.







PS. Se você ainda não assistiu aos filmes, corra! Se você assistiu, deixe seus comentários [por favor, se for dar spoiler, escreva em caixa alta SPOILER SPOILER SPOILER]. Realmente espero que tenham gostado, realmente espero que adorem o filme.





quinta-feira, 26 de julho de 2012

Coletivo AP Quadrinhos Lança revista Mixtureba Comix


O cenário de produção de histórias em quadrinhos no Amapá ganhará um reforço de peso neste mês. Idealizado pelo Coletivo AP de Quadrinhos, a revista “Mixtureba Comix” irá apresentar aos fãs da nona arte uma coletânea dos trabalhos feitos por participantes do grupo de quadrinhistas.

A revista é uma produção do Coletivo AP Quadrinhos, e a primeira HQ coletiva do estado do Amapá. Reúne em suas páginas, roteiros, desenhos e textos de autoria dos membros do coletivo. 

"O nome Mixtureba Comix concretiza a principal proposta da revista, que é aglutina diferentes estilos e mistura de gêneros. As histórias passam pelo humor sarcástico do cartunista Ronaldo Rony, pela ficção científica de Otto Souza, pelo suspense nos roteiros de Willian Costa e nos desenhos de Roberth Santos. A diversidade de estilo dos autores continua com na viagem insólita pela história intrigante de Raoni Hollanda e Igor Reale, até o terror de traço metódico de Josiel (Jo), Para completar, Ravel Amanajás deixa sua marca nun roteiro impressionante medieval, ao estilo mangá", afirmou Mary Paes, assessora e membro do Coletivo
A ideia surgiu há longos seis meses, durante a preparação do 1º Encontro Amapaense de Histórias em Quadrinhos, realizado em janeiro no auditório do Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP).  De acordo com Willian Costa, um dos fundadores do Coletivo, a ideia de agregar diversos produtores de HQ para a realização do fanzine tem o intuito de fortalecer a cena no Estado.

“Aqui no Amapá tem muita gente talentosa, e a falta de incentivo e eventos voltados para o universo das histórias em quadrinhos acabava os deixando dispersos, muitos nem se conheciam e a criação do coletivo deu um novo gás para nosso movimento e a consolidação do ‘Mixtureba’ é apenas um dos primeiros e importantes passos de nosso trabalho”, afirma.

A proposta é que o revista seja vendida em diversos pontos, como Biblioteca Pública, bancas de revistas, eventos entre outros, para a divulgação e valorização das produções.



Programação


Auditório do MIS AP - 2º piso do Teatro das Bacabeiras


1- 16h30 – exposições, mesa interativa;


2- 16h30 – exibição do filme:

Batman contra o capuz vermelho e tom e Jerry – Anos 30.


3- 18h – mesa redonda – tema: criação e produção de HQ: contexto amapaense;
com Gian Danton, Ronaldo Rony, Deilson Silva e o convidado especial Otoniel Oliveira, quadrinista de Belém/PA, autor das HQs “Belém Imaginário” e “Encantarias”.

4- 18h45 – Lançamento da revista MIXTUREBA COMIX e

Lançamento do documentário: Coletivo AP Quadrinhos (Roteiro de Ronaldo Rony)


ABERTURA DA SESSÃO DE AUTÓGRAFO


5- 20h CULTURAL 
Voz e Violão com Geison Castro e
bandas de rock local
Realização: Coletivo AP Quadrinhos


Apoio:

Secult
MIS
Sesc Amapá
FIM
O Blog da Mary
Blog Olhar Alternativo
Copiadora União
Liberdade ao Rock
O.R.E fanzines

Contato para entrevistas: 96 9189 0113 / 8128 5712

Com informações de Mary Paes
Nas fotos, integrantes do Coletivo AP Quadrinhos, Willian Costa, Robert Santos e Ronaldo Rony

terça-feira, 24 de julho de 2012

Grupo Eureca e Trupe do Pato levam a arte cênica amapaense para V Festival Amazônia Encena na Rua




























No último dia 21 iniciou em Porto Velho (RO) o V Festival Amazônia Encena na Rua, festival de artes que leva para o público o melhor do teatro, dança, música, Oficinas, e muito mais, fazendo da cidade rondoniense a Capital do Teatro de Rua!A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) é o cenário escolhido para a realização do evento. Um lindo cortejo pelas ruas da capital iniciou as atividades.




Serão 9 dias de programação diversificada, com 35 espetáculos de dança, circo e teatro de rua. Além dos grupos e companhias de Porto Velho, também se apresentam no Festival artistas da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Tocantins e Maranhão) e São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Piauí, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Um grupo da Venezuela completa a programação, fortalecendo o intercâmbio cultural entre os grupos e enriquecendo a pluralidade dos espetáculos.

E o Amapá está presente no teatro de rua, com os espetáculos " A língua solta do Palhaço Joca" e "João Cheroso e João do Céu Vendendo Cordel – Uma homenagem à Luiz Gonzaga” do grupo Eureca e "Palhaço Pato e Laranjinha Pintando o Sete", que ocorreram nos dias 25 e 27 de julho. Confira algumas imagens, estraídas do Facebook do Circuito Fora do Eixo Amapá



Grupo Eureca e Trupe do Pato (AP)


Grupo Eureca (Joca Monteiro e Elder de Paula)



Trupe do Pato (Pato Kannar e Jaice Railana)

Grupo Eureca e Trupe do Pato (AP)



Cortejo de Abertura do V Festival Amazônia Encena na Rua



Grupos participantes do V Amazônia Encena na Rua


Grupo Eureca e Trupe do Pato (AP)


Grupo Eureca e Trupe do Pato (AP)


Grupo Eureca (João Cheroso e João do Céu)

Oficina de Fotografia Analógica

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dr. Sin encerra de maneira “Animal” Dia Mundial do Rock em Macapá



Texto e Fotos (Jéssica Alves)

Falar de show do Dr. Sin, que se apresentaria pela primeira vez em Macapá foi sinônimo de euforia e expectativa do público presente no evento Dia Mundial do Rock, celebrado pelo 13º ano na capital tucujú. Entretanto, o tempo virou repentinamente na cidade, e uma forte chuva causou o cancelamento na apresentação da headliner paulista, que ocorreria no domingo (15).
Apesar dos pesares, a demonstração do público em não arredar o pé, nem diante do temporal, no aguardo da apresentação da banda foi recompensada na noite de segunda-feira (16), em que um céu limpo e o grandioso rio Amazonas foram o cenário para o inédito show do Dr. Sin em Macapá. 
Demonstrando muita simpatia e expectativa na apresentação, Andria Busic (vocal/baixo), Ivan Busic (bateria/vocal), Edu Ardanuy (guitarra) e, agregado ao grupo, Rodrigo Simão (teclado), iniciou o show com a pegada hard rock que consagrou o grupo no início da década de 90 e atravessa 20 anos de pura empolgação, cativando mais fãs a cada dia. 
O show foi da turnê “Animal”, e a música homônima foi responsável pela abertura. Com pegada e refrão simples, a canção logo contagiou aos fãs presentes, desde os mais fiéis aos recém chegados ao mundo de Dr. Sin.
Após a apresentação, Andria saúda o público, mas a conversa é rápida, pois logo a banda emenda um de seus clássicos, “Fly Away”, composição presente no álbum “Dr. Sin II” (o famoso por ter sido vendido em bancas de revista e contava com a gravação dos vocais de Mike Vescera). O refrão contagiante foi entoado por muitos presentes, agradando a banda.
 “Tá quente aqui né? Vocês gostariam de esquentar mais isso aqui?”, pergunta Andria e logo é respondida com euforia da platéia. Um riff rápido de guitarra respondeu a pergunta e logo a platéia incendiou ao som de “Fire”, do álbum “Brutal”.  Uma ótima execução. A obra-prima "Time After Time", também do  disco “Dr. Sin II” foi executada. 


Além das canções da banda, houve momentos também para covers no show do Dr. Sin, como o gravado no primeiro álbum da banda, “Have You Ever Senn The Rain”, do Crendence. Houve citações de “Jump”, do Van Halen, e “Rock ´n´ Roll Docto” Black Sabbath (com Ivan Busic assumindo os vocais e Fabio Kufa na batera) sempre muito bem recebidos pela platéia e executados com euforia pelos músicos.
Seguindo para o fim do show, Andria anuncia a despedida com o hit "Emotional Catastrophe", com ótima resposta do público e depois de ensaiar uma saída, houve o retorno com homenagem a John Lord, ex-tecladista do Deep Purple, falecido na segunda-feira (16). 
Então, o clássico dos clássicos da banda, aguardado por todos ali foi executado: “Futebol, Mulher e Rock and Roll”, a música mais irreverente e que permite maior interação com a platéia, cantada em português e com letra de duplo sentido que brinca com as maiores paixões do brasileiro. 
 
E claro, a brincadeira com o público do “eta,eta,eta Brasileiro quer?” não faltou. Entretanto, democraticamente com respeito às meninas presentes, foi incluso o “alho, alho, alho, brasileira quer?”. As respostas de ambas você já deve saber qual é. O público respondia com empolgação. 
Resumo do rock: o show do Dr. Sin em Macapá representou a realização do sonho de muitos que acompanham a banda, que possui quase duas décadas de estrada e também dos próprios músicos, que demonstravam vontade e cumpriram a missão de fazer um inesquecível e bravo show, de maneira brutal e animal. É mais um gol na carreira do Dr. Sin, meu povo!!!!! E que venham mais vezes a Macapá. 






segunda-feira, 16 de julho de 2012

Show da banda Dr. Sin é transferido para esta segunda-feira em Macapá


Após uma pesada chuva que caiu na noite deste domingo (15) em Macapá, e que impossibilitou a realização do encerramento do Dia Mundial do Rock, com a presença da banda paulista de hard rock Dr. Sin, a organização do evento garantiu a realização do show nesta segunda-feira (16), às 18h.

Mesmo com a forte chuva que caiu durante três horas ininterruptas, a plateia se manteve no local, entretanto, o presente risco de avarias na estrutura elétrica dos equipamentos de som e iluminação impediu a continuação do evento.

O evento também contará com show das bandas locais Matinta Perera, Extravaganza, Hidrah e Vennecy, fechando com a atração paulista.

O show do Dr. Sin encerra a programação em alusão ao Dia Mundial do Rock, que teve início na sexta feira, 13. Na ocasião, 20 bandas locais se apresentaram para um público de mais de 10 mil pessoas na praça da Bandeira. A banda Vseis, da Guiana Francesa, selou a integração com o país vizinho em eventos do circuito underground.

O evento é uma realização da Sonora Produções, Imperial Music e Liberdade ao Rock, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult)

Jéssica Alves, ( para o Portal Extra Amapá)com informações da Secom

Foto: Maksuel Martins

Dramaturgia amapaense é premiada!


Textos selecionados pela Comissão de Pareceristas

As peças foram escolhidas por uma comissão de dramaturgos experientes, pautados por um olhar crítico para a angulação temática, a cosmovisão oferecida por cada autor, o trabalho criativo sobre personagens e diálogos, a potencialidade de teatralização de cada texto, entre outras. São textos breves, mas que não se eximem de escolher um ponto de vista corajoso sobre o tema em questão. Aqui há humor, há drama, há tédio, há esperança. Elementos que se esparramam nas ações e falas dos personagens, mas tecidos em viés crítico, na voz - menos ou mais explicitamente presente - de cada autor.

Os inesteriotipáveis

Autor: James Hermínio

Cidade/ UF: São Paulo/ SP

Sinopse: Um filho leva os seus pais para um palco de teatro para, a partir de suas histórias e estilo de vida, contar ao público como é a vida dos emergentes, contada pelos próprios emergentes.


Pagando pra se aborrecer

Autora: Paula Prange

Cidade/ UF: Rio de Janeiro/ RJ

Sinopse: Sandara e Ricardo se conhecem enquanto aguardam para serem entrevistados em uma escola, na esperança de conseguirem matricular seus filhos. Ela é a típica emergente, e ele, apesar da boa educação e cultura "de berço", luta para sobreviver dignamente em uma sociedade cada mais mediocrizada culturalmente. Ambos refletem os anseios, conflitos e questões das "classes médias" brasileiras.


Produtos Perecíveis

Autor: Flavio Goldman

Cidade/ UF: Rio de Janeiro/ RJ

Sinopse: Darley surfou na onda do crescimento econômico brasileiro e vem conseguindo propiciar a ele e à sua mulher Daiana uma vida de novos confortos e consumos. Previdente, quer se certificar que o casal vai desfrutar dos melhores produtos do mercado, literalmente até o final de suas vidas. Ele não contava que Daiana tem ideias muito próprias sobre o assunto.


Resíduo submergente

Autora: Mariana de Menezes

Cidade/ UF: São Paulo/ SP

Sinopse: Uma conversa incipiente entre dois jovens que abordam questões que, sobretudo, são mote de discussão para uma classe média emergente, disposta a ter acesso aos mecanismos de resolução de angústias que tocam ao humano.


Sucesso com C

Autor: Raphael Scire

Cidade/ UF: São Paulo/ SP

Sinopse: Trata-se de uma família da nova classe média que passa a ter acesso a coisas que antes eram impossíveis, como carro zero, TV de plasma, viagem ao exterior e que, no entanto, deixa de crescer culturalmente. A única que foge dessa regra é a filha caçula, Érika, que critica os pais e o irmão com uma visão ácida e bem humorada desses novos hábitos consumistas da família. A mãe e o pai, Maristela e Paulo, são dois trabalhadores, ela esteticista e ele mecânico. O irmão Everton acaba de se formar - em uma universidade particular - e começa a entrar na onda consumista. Completa o elenco o amigo de irmão, Ricardo, praticamente um agregado e que vive às turras com Erika.


A visita

Autor: Joca Monteiro





Cidade/ UF: Macapá/ AP

Sinopse: Janari e Cida formam um casal que migrou recentemente para classe média e ainda estão se acostumando com a nova vida. O maior problema do casal é entender a empregada recém contratada Dasdores que confunde o casal com seus medos. A família recebe a visita de João Pena, o patriarca veio conhecer a nova vida que seu filho leva.

"Eu fiquei sabendo do concurso poucos dias antes do encerramento e pensei em não participar, pois escrever para mim é criação pessoal, não gosto de escrever por encomenda, gosto de conceber e criar, no entanto me senti desafiado a escrever sobre o tema proposto e em tão pouco tempo. Também me senti estimulado ao saber que os 30 melhores textos ganhariam um parecer técnico que iria contribuir com a minha arte, coisa que eu prezo muito. Surpreendi-me com o resultado e sei que tem um significa muito importante para a dramaturgia Amapaense. Estou fazendo história.

Agradecimento especial a Casa e Família Fora do Eixo por investir no meu banco de estímulo e em especial ao Paulo Rocha que revisa meus texto e é um grande parceiro." - Joca Monteiro


Fonte: http://dramaturgiasurgentes.com.br/ e blog Eu sou do Norte

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Hidrah: O ressurgimento do heavy metal em Macapá





Com mais de quatro anos de atuação, a banda amapaense de heavy metal Hidrah já é considerada um dos grandes representantes do estilo headbanger tucujú. Formada por Hanna Paulino (vocal), Antonio Kayzer (baixo), Andrey Góes (guitarra), Daniel Abreu (guitarra) e Andre Reis (bateria), o grupo é aclamado por fãs do heavy metal tradicional, que até então estava meio sumido dos eventos na cidade.

Surgida em 2008, com a proposta de unir amigos e levar músicas de interesse em comum, ao mesmo tempo em que dar um novo gás ao heavy metal, com covers clássicos do gênero (Iron Maiden, Angra, Stratovarius, Helloween, entre outros) os cinco músicos atualmente estão em fase de composição própria, após uma jornada de superação de dificuldades, dedicação e bons frutos ganhos, como abrir o show da banda Angra, em julho de 2011 e dividir o palco com Edu Falaschi (ex-Angra/ vocal do Almah), em junho de 2012.

Em uma entrevista concedida ao blog, a banda relata, de maneira descontraída suas experiências, dificuldades, ganhos e aprendizados no mundo da música e do heavy metal. E no dia 15 de julho, preparam um show especial, no Dia Mundial do Rock, o último antes da pausa para gravação do 1º álbum. O evento contará com a banda Dr. Sin (SP).

Olhar Alternativo – Olá galera, agradeço a oportunidade da entrevista. Primeiramente gostaria um pouco da história da banda? Como surgiu a ideia e como se consolidou a formação?


Kayzer: Tudo começou por volta de 2007, quando eu soube que o Andre voltaria  a morar em  Macapá. Então iniciei a ideia de pra tocarmos juntos. Então decidimos fazer uma banda instrumental, mas a idéia não durou muito. Daí conhecemos o Andrey um pouco depois na casa de uma amiga nossa a Mayara, após ele fazer um show com a outra banda dele. Quando chegamos lá na casa dela, a guitarra dele estava lá, juntamente com a bateria e um baixo (risos). Em nosso projeto instrumental, eu e o Andre seríamos guitarras, mas depois daquele dia, mudamos de ideia e assim, o Andre estava de volta na bateria e eu no baixo.

Durante alguns messes ensaiamos bastante os instrumentais e foi quando pensarmos: “Mas e quem vai cantar?”. Ninguém veio à cabeça naquela hora, mas num sábado em uma ida ao falecido bar Liverpool, o André encontrou a Hanna que já era bastante amiga dele e num papo mais ou menos informal o André perguntou pra ela: “Hanna quando vou ver tua banda tocar?” Ela simplesmente respondeu "estou sem banda, Andre" (risos). Foi quando o ele marcou um ensaio com ele e dali para frente se tornou nossa frontwoman. E posteriormente nos ensaios, juntou-se ao time o Daniel, em um momento em que a banda decidiu explorar mais pesos e técnicas.

Olhar Alternativo -  E o nome, porque Hidrah?

André e Kayzer: (risos)

Kayzer: Posso disser que não é por causa de nenhum demônio, monstro de 5 cabeças ou besta mitológica, constelação e nem nada disso. Apesar de ler sobre tudo isso, a ideia desse nome foi baseada no jogo StarCraft, que eu o André e o Andrey somos viciados.  E que possuem personagens chamados hydraliks, e fizemos a adaptação.

Olhar Alternativo -   Vocês já estão há quatro anos em atividades, e a banda já é conhecida pelo grande público por executar clássicos do heavy metal? O fato de levar cover ajudou ou contribui para esse reconhecimento?

Kayzer:  Para mim o cover foi aprendizado e auto conhecimento, existe um momento na vida de um músico que ele precisa testar seus limites e nada melhor que usar musicas que são referências.


Hanna: Com certeza isso contribuiu de forma bastante significativa. Os covers foram nosso "Cartão de visitas", mas acredito que o reconhecimento veio pela execução de tais músicas. Sempre digo que o Heavy Metal não é um gênero musical fácil, e justamente essa complexidade somada à dedicação da Hidrah resultou na receptividade do público.

André: O cover ajudou muito na construção da nossa identidade, bem como nos treinamentos de cada músico, no que tange aspectos de técnica e desenvoltura no palco, e isso até hoje nos trás benefícios, como quando tentamos tocar uma música bem difícil e quebramos cabeça pra pegar os detalhes ou rearranjamos algum lugar da música para dar uma cara mais “Hidrah”, tudo isso nos faz evoluir bastante como músico, testando cada vez mais nossos limites.

Kayzer: Pra banda acho foi não foi diferente, pois para desenvolvermos nossas músicas, sabermos nossos limites, saber o que temos que melhorar e o que dominamos bem. Foi pensando nisso, na competência e na qualidade que fazemos nosso show e acho que isso transpassou para o publico e ajudou a banda chegar ode estar.

Andre: Acreditamos também que hoje em dia a Hidrah tem um trabalho reconhecido no cenário local justamente pelo fato de tocar cover, mas sempre com uma pitada de improviso ou de novidade no meio dos trechos, é o que torna a banda um pouquinho diferente de uma banda cover essencialmente.

Olhar Alternativo - Apesar dos covers, vocês também têm canções próprias. Como foi o processo de composição?

André: O processo de composição na Hidrah é complicado, porque compor envolve uma melhor dedicação por parte da banda inteira, e todos na banda estudam e/ou trabalham. As duas músicas finalizadas, foram feitas visando a lógica no andamento da letra, melodia e harmonia. A gente geralmente compõe algumas faixas instrumentais e procuramos as letras que encaixem, mas temos algumas letras que acabaram encabeçando as composições .

Kayzer:  Vale citar também que  as  coisa surgem meio como uma explosão de idéias de arranjos e letras o que faz do processo algo bem aberto, Assim temos a visão do que queremos, tanto em Desert Fields quanto Reign of fire,  foram feitas em momentos diferentes, mas possuem as a identidade da banda.

Hanna: Foi um processo natural.  Acredito que sentimos a necessidade de criar algo que tivesse nossa característica musical! A primeira foi "Deserts Fields", que surgiu a partir da criação poética de nosso amigo Tiago Quingosta. O André começou o processo de compor no violão e em uma tarde terminamos a música! Depois foi só questão de alinhar o restante no ensaio com cada sugestão dada pela banda!

Olhar Alternativo -   O fato de vocês levarem cover nos shows repercutiu em alguma crítica?

André: Aqui em Macapá tem várias bandas que estão surgindo só pra tocar música própria, e existem grupos culturais estimulando isso, o que é muito bom. Atualmente, entretanto, muitos acreditam que uma banda pra ser boa tem que tocar música própria. A proposta da Hidrah desde o início era de levar músicas que a galera gostasse de ouvir, que nós gostássemos de tocar, e que tivessem significado dentro da banda. E sim já levamos muitas criticas por causa dos nossos covers, umas mais leves outras mais ácidas, mas continuamos seguindo o caminho com o melhor que podemos fazer

Kayzer: Lembro que uma delas foi ate bem pesada, por que veio atrelada a um preconceito de uma pessoa de outra banda. Mas deixei para lá, afinal acho que o cara realmente não conhecia o trabalho da banda e nem os integrantes da banda, pra saber que já fazíamos musica própria desde nossas antigas bandas. Mas considero criticas construtivas, afinal foi algo a própria banda já havia pensado martelos.

Olhar Alternativo -   Como você descreve o fato da banda ter como vocalista uma mulher (Hanna Paulino), sendo ela uma das poucas representantes do gênero no estado?

Kayzer: Gostosa, gostosa, gostosa! (risos) é o que o povo diz. Tá bom falando serio agora. Nós consideramos a Hanna uma ótima cantora e também pra mim uma irmã. Somos parceiros no crime para o resto da vida. E pelo fato de ela ser mulher acho melhor ainda pois podemos explorar tons diferentes, usar da melodias que pra homens seriam bem estranhas. Podemos fazer algo doce e bem macabro ou algo mais brutal sem perder a delicadeza. A voz da Hanna é algo que te envolve e prende num limiar entre o real e imaginário, claramente percebo isso em “Desert Fields”. Se fôssemos navegantes, ela possivelmente seria a sereia que nos levaria pro fundo do mar . Oh isso dá até uma música, “Infernal Waters” (risos).

Hanna: (RISOS)

André: A aquisição da Hanna foi o melhor que poderia ter acontecido. Já conhecia o potencial do vocal e tinha uma grande relação de amizade com ela, e a proposta de ela entrar surgiu por acaso, e acabou findando na melhor escolha da banda, que na época era formada apenas por eu, o Kayzer e o Andrey. Ter a musicalidade, o charme e a companhia da Hanna é essencial para a Hidrah, pois essa mescla consegue propagar uma imagem positiva da banda mostrando perfeita sincronia entre imagem e som. Outro aspecto importante de colocar uma mulher nos vocais é conseguirmos executar um maior espectro de possibilidades musicais, pois com o vocal mais agudo, além de alcançar as notas do heavy metal sem precisar forçar muito, ainda dá um toque de sensualidade ou de agressividade quando necessário.

Olhar Alternativo -   No inicio de junho, a banda passou por um momento muito especial, que foi dividir o palco com Edu Falaschi (ex-Angra e vocalista do Almah). Conte-nos como foi essa experiência?


André: Acho que posso falar que todos os integrantes da banda cresceram ouvindo a voz do Edu naqueles clássicos como Rebirth, Nova Era, Spread or Fire, Temple of Hate e por aí vai, e esse show junto com o Edu Falaschi foi mais uma realização de um sonho de infância de todo mundo do que um show pro público. Ele se mostrou extremamente humilde e mesmo sendo reconhecido mundialmente pelo seu vocal e atuação em outros ramos da musica como produção musical, foi humilde o suficiente  pra tocar com uma banda desconhecida.

Kayzer: Vi o ressurgimento do Angra na minha adolescência, e durante anos cresci com isso. Quando soube que o Angra vinha fazer show em Macapá, apostei na ideia de abrir o show deles. Então veio nossa grande e primeira oportunidade no mundo do metal, abrir o show do deles. A sensação foi única pois a Hanna estava grávidissima. Mas infelizmente ocorreram contratempos que não pudemos ter um contato próximo com eles.  Depois de um ano o Edu Falaschi retorna a Macapá e surgiu o convite para a Hidrah tocar. E dividir o palco com ele significa muita coisa e vai continuar significando, pra banda acho que mais ainda, pelo simples fato dele fazer o que o André comentou, de ser humildemente subir no palco e cantar com uma banda que ele nunca tinha visto e ouvido falar na vida, mas confiante foi lá cantar como se fosse a banda dele e que o acompanha durante anos. 
Hanna: Foi aquilo que chamamos de "divisor de águas", algo que vai repercutir para sempre na nossa trajetória. Acredito que foi o inicio de muitas conquistas, realmente um de nossos sonhos foi realizado! Edu Falaschi é um cara incrível, autentico e muito humilde. Nos mostrou que devemos seguir com a nossa postura pautada no respeito ao público e amor ao Metal! Foi um dia inesquecível para a HidraH!


Olhar Alternativo -   Muitos julgam o Metal melódico/Power Metal ou simplesmente Heavy Metal como um gênero morto dentro do Metal, mas vocês estão mostrando que não é bem assim. Qual é o diferencial da Hidrah do ponto de vista da própria banda?

Hanna: O diferencial de HidraH é justamente acreditar no poder do Heavy Metal e em todas as suas multifaces... O Gênero possui uma gama de possibilidades de criação! As composições da HidraH são a fusão desses artifícios proporcionados pelo Heavy Metal, usamos do Clássico ao Progressivo, do Erudito ao Marabaixo... Enfim, o Metal Melódico/Power Metal só morreu para quem parou no tempo se dedicando a obras clichês... Todo o Metal em si deve se renovar, é isso que a HidraH propõe... Novos parâmetros!

Kayzer: Na minha visão o problema todo esta na pouca  preocupação que algumas banda tem com seu trabalho, acho não procura uma identidade pra si, não procura evoluir. Apenas usa a formula mais simples. Na hidrah o grande diferencial esta na liberdade das composições e nas influencias que cada um tem, saber misturar esses elementos. Um exemplo foi o marabaixo e a identidade da nossa cidade.

Olhar Alternativo - Para finalizar, quais são os planos para a Hidrah?

Hanna: Bem, depois do nosso show no Dia Mundial do Rock, pararemos com as contínuas tocadas para nos afundar nas composições e finalmente gravarmos nosso 1º Álbum. Precisamos nos dedicar inteiramente a esse projeto e percebemos que nossa agenda estava começando a ficar apertada e isso atrasou nosso processo de gravação! Retornamos em dezembro com um novo show... Com toda FORÇA BANGER que a Hidrah possui!

Andre e Kayzer: Pow, ela disse tudo (risos)

Kayzer: A Hidrah tem muita historia, principalmente as de superação de dificuldades pois viemos de fato do nada sem ter material pra ensaiar  sem pessoas que acreditassem no nosso trabalho, fora a falta de oportunidade os boicotes as eventos, ameaças. Mas é isso ai a Hidrah tá tentando fazer diferente, ta querendo fazer acontecer porque isso não é apenas um momento, é nosso sonho, queremos tocar e fazer o metal acontecer. Apesar de termos mais visibilidade hoje, continuarmos sendo humildes. bem humorados Gostaríamos  de agradecer aos amigos, parceiros, namoradas e todos que nos aturam e apóiam e mais do que todos ao publico por serem quem nos motiva e quem nos devemos tudo o respeito e a credibilidade valeuuuuu.   

Hanna: Agora ele falo tudo (risos)







                               

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