Texto que retirei do site Yahoo, feito por Andreas Kisser (Sepultura)
O heavy metal pode parecer um estilo radical e violento, principalmente para quem não conhece ou entende a música, mas não é nada disso. Ele é sim agressivo e extremo, sempre extrapolando os limites do peso e da velocidade, tal como um atleta nas Olimpíadas que quer sempre a quebra de um recorde. Mas ele também é um movimento muito versátil e unido.
O estilo sobrevive de misturas de outros estilos que, quando utilizados, criam um novo caminho a ser seguido. O Sepultura, depois que começou a viajar o mundo, descobriu o Brasil e a partir desta descoberta, começou a utilizar alguns elementos da música nacional, principalmente a percussão - que naturalmente já soa pesada. No disco "Roots" estão vários exemplos desta mistura, o tema mais explícito desta fusão está em "Ratamahata", parceria com Carlinhos Brown.
O Metallica trouxe algumas influências da música country americana para a sua música. O álbum preto, que foi o disco de metal mais vendido da história, já tinha algumas características desta mistura, temas como "Nothing else matters" e "The Unforgiven" são alguns exemplos.
O guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, um dos grandes mestres da guitarra, é o maior exemplo da influência da música clássica no rock pesado, que por sua vez foi influenciado, principalmente, pelo Deep Purple, com Richie Blackmore e John Lord, sendo os pioneiros na mescla de escalas e melodias vindas do mundo erudito.
O rap é outro estilo que se misturou muito bem ao metal, como Limp Bizkit, Korn, Slipknot, entre outras, são consideradas as criadoras do new metal ou nu metal, com ritmos e rimas que vieram do rap e até algumas temáticas comuns dos :rappers invadiram este estilo.
Outra característica do metal é a união, apesar de várias vertentes dentro do próprio estilo, as bandas se ajudam e se juntam para shows e participações especiais em estúdio. O público também é muito unido. Muita gente acha que os fãs do metal são pessoas violentas e ignorantes, o que não corresponde à realidade. Quando os fãs estão lá no meio, agitando, fazendo as rodas e se batendo, eles estão curtindo e não brigando. Quando um fã cai no chão, sempre tem alguém para ajudar, existe uma cumplicidade que é difícil ver em fãs de outros estilos musicais. È raríssimo ver brigas e tumultos em shows de heavy metal, o fã não está ali para ficar azarando a namorada do outro, não está ali de "gang" procurando briga com qualquer um, coisa que acontece com freqüência no carnaval brasileiro, mas as pessoas não acham o carnaval violento. Por quê?
O Sepultura voltou agora em agosto da Europa para a continuação da turnê no Brasil, junto com o Angra. O Angra é um grupo de metal bem diferente do Sepultura. Eles fazem um som mais melódico, com teclados e muitos solos das guitarras. A turnê tem funcionado muito bem, com os fãs das duas bandas se respeitando e grandes shows acontecendo, é um exemplo de união de forças que está levando a turnê pelo Brasil inteiro e pelo exterior também.
O metal tem muito a nos ensinar, se respeitarem o estilo como deve ser respeitado, podemos aprender muito com ele, a liberdade de expressão que ele permite, a possibilidade de se misturar características de outros estilos musicais e a união das forças, das pessoas, quebrando barreiras e preconceitos, extrapolando os limites, afinal a banda brasileira mais conhecida no mundo é de heavy metal!
Abraço,
Andreas Kisser
o Anreas falou tudo.
ResponderExcluirAposto que as pessoas que acham os shows Heavy Metal violentos não acham os "shows" de Melody nem um pouco violentos, sendo que rola muito mais brigas e até mesmo já ouveram casos de mortes... maas, fazer oque né?
Gosto é gosto. :/
Viva o Heavy Metal \o/