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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bywar : ‘’O Metal do Brasil acontece pela uniao de quem faz a cena’’





 Foto: Camila Karina

No dia 18 de maio, os thrashers da banda Bywar estiveram pela primeira vez em solos amapaenses para participar do Zombie Night Fest e apresentou ao headbangers do Amapá o trabalho que já atinge 16 anos de estrada, com influencia de uma das principais chamadas grandes escolas do estilo thrash metal: mais agressiva, fazendo a linha alemã das bandas Destrucion e Kreator. 


 Com carreira consolidada no underground brasileiro, os paulistas mostram-se bem entrosada em diversos aspectos como apresentação ao vivo (como pude constatar no ótimo show dos caras), composição, tecnica e tambem nas entrevistas, como essa que foi concedida com exclusividade para a equipe do fanzine amapaense Registro Importante Porra! R.I.P (em breve será lançado na versão impressa). Apesar das fortes influencias, e nítida as características próprias do quarteto. 

 Foto: Jéssica Alves

A banda iniciou suas atividades em janeiro de 1997 em São Caetano do Sul - SP como um power trio, formado por Adriano Perfetto (G/V) Victor Regep (B) Enrico Ozio (D), logo passando a ser um quarteto com a entrada de Leandro “ KISS” no baixo liberando Victor para tocar guitarra. Mas este ficou por pouco tempo na banda e foi substituído pr Helio Patrizzi, que atualmente é considerado carinhosamente pelo grupo como um dos membros co-fundadores. O Bywar começou a fazer alguns shows pela região do grande ABC divulgando aos poucos o nome e o Thrash Metal que executavam.

Em 2004, ocorreram algumas divergências de idéias com Victor Regep, o que resultou em sua saída da banda, mas o contato e a amizade duram até hoje. Após esse episódio, o Bywar consegue arranjar um novo guitarrista. “Renan Roveran”, antigo amigo de Adriano Perfetto, entra na banda como uma injeção de animo e motivação, dando uma nova alma a banda e uma imagem ainda mais Thrash do que o Bywar já tinha. Este que havia tocado com algumas bandas do gênero pela região de Sorocaba, sendo uma delas o Alcoholikiller, mas nunca se encaixou da maneira desejada nas bandas, como ocorreu no Bywar.

Nesse bate papo com esta blogueira, acompanhado do repórter Bruno Monteiro, com muito bom humor a banda falou de diversos assuntos, como as gravações do disco, a atual cena Metal brasileira e os planos para o futuro. Confiram.


 Foto: Camila Karina

R.I.P – Ola galera do Bywar, primeiramente digo que e um prazer receber vocês em nossa cidade. Sejam bem vindos.

Bywar – Valeu, galera. Muito bom poder estar aqui na cidade

R.I.P – Bom, como e a primeira vez que irão tocar em nossa cidade, que ate entao esta localizada distante dos grandes centros culturais do Brasil.  Contem a expectativa de vocês e as impressões preliminares sobre nosso publico.

 Foto: Camila Karina

Enrico Ozio – Primeiramente tocar em Macapá é quente (risos) é a primeira sensação. Mas assim, não sei se dá para falar que estamos fora de um grande centro, porque para o metal não há grande centro, o metal, o underground em si já é muito louco em qualquer lugar, encontramos bangers em qualquer lugar, não há diferenças. Meu, nada difere, ser headbanger não importa o local. 

R.I.P - O que “Abduction” tem representado para vocês até agora?

 Foto: Jéssica Alves

Adriano Perfetto: “Abduction”, definitivamente, teve um diferencial em relação aos outros CDs, tivemos tempo para fazer tudo com calma, o Renan e eu já vínhamos compondo mesmo nas épocas do “Twelve Devil’s...”, então foi algo bem mais confortável. Chegamos ao estúdio com tudo pronto e já sabendo como seria. Notamos também a evolução de cada um de nós e sentimos que esse, realmente, é nosso melhor trabalho até hoje desde composições que abordam muito sobre o tema Ufologia (que é algo que adoramos) até os últimos instantes da mixagem.


R.IP - Em relação a cena do Brasil, com o metal, Com a nova ascensão do Thrash, como vocês avaliam o underground e a cena brasileira e o fato de que atualmente há um outro gás, especialmente no Norte e Nordeste de nosso pais?

Renan – Possuímos gratificantes experiências em tocar no norte e nordeste do Brasil, me recordo a primeira vez que viemos para essa região e foi surpreendente, a recepção que tivemos foi legal para caramba, em Belém (PA) e em relação ao metal no Brasil, há todas as dificuldades, mas é muito foda. Especialmente porque a música que fizemos é a que gostamos, o metal o rock e suas personificações, não tem muito a ver com a cultura brasileira.  Vamos contra a cultura e a maioria da galera que vai a shows, compra material das bandas, produz shows undergrounds, correm atrás, gravam, todos fazem com todo o esforço e eles fazem acontecer. E você vê um reconhecimento grande no norte e nordeste a sentimos que essa forca e esta funcionando. Acredito que o metal no Brasil é do caralho, pois ele acontece pela união de quem faz a cena acontecer

 Foto: Camila Karina

Hélio Patrizzi: Comparando com o cenário de 15 anos atrás, quantitativamente, a cena hoje está muito maior. Quando começamos eram poucas as bandas de Thrash Metal com quem tocávamos. A cena Thrash estava meio estagnada. Essa nova ascensão trouxe muitos bangers e injetou sangue novo. Várias bandas surgiram de lá para cá, o que enriqueceu muito a cena. Qualitativamente, o espírito continua o mesmo. Bangers trabalhando arduamente no underground honrando a cena. Mais ou menos como diria nosso grande amigo Poney do Violator: “underground é underground”. As coisas são feitas com muito amor e cada banda, evento, revista, zine, web site só é feito por meio de muita batalha. O underground é movido por esse espírito. Para melhorar, creio que o caminho já esteja bem marcado há muito tempo. É só manter a chama do underground acesa. Esse espírito de querer e fazer as coisas cada vez melhores é muito bom para a cena.

R.I.P - Vocês trabalham com thrash metal, mas vocês possuem uma temática mais abordada em suas musicas? 

Helio – Bem na verdade somos mais livres, não temos uma definição única. Tudo que gostamos, observamos, gostamos de trabalhar

Enrique - É tudo muito expontaneo, pow todos gostam de temas diferenciados. Geralmente existem decisões, mas quando fazemos musicas, há temas que absorvem a musica. Gostamos de ler, estudar temas diversos e vamos criando a formula para o Bywar. 
  

 Foto: Jéssica Alves

Adriano Perfetto – Mas gostaria de destacar que atualmente temos uma temática mais sobrenatural e ficção cientifica, coisas que gostamos desde crianças, apesar de alguns terem medo (risos). Mas é muito bacana, temos em comum e expomos na forma metafórica. Eu particularmente não gosto de compor temática política, pois creio que é algo muito particular. Mexe com opiniões e na minha arte, sempre gostei de trabalhar com algo que amplie os horizontes, não podemos nos prender a nada.

Helio – Acho que no final todos fomos abduzidos (risos).

R.I.P - E como voces avaliam a proporção adquirida com o Bywar?

Henrique – Estamos com 16 anos na estrada,  e tudo que fizemos ganhou uma boa proporção nacional e internacional, e acreditamos que a gratificação e grande.  Sempre rolou o lance de tocar e a nossa idéia é continuar assim. Nossa pegada é essa. Vamo continuar levando nossa turne do “Abduction” com essa vontade e alegria de elevar o metal a quantos lugares for possivel alcançar.

R.I.P - Voce falou dos temas de ficção cientifica. O interessante das musicas é que lembra algumas letras de outras bandas, como do Annihilator, ''Alice in Hell''.  Tem alguma relação entre essas letras?

Adriano – Apesar de eu amar essa musica Alice on Hell, algumas letras tem a ver com o filme ''O Exorcista'', especialmente a ''Heretic Sings'', que é um filme que mudou a minha vida, abriu idéias e ao mesmo tempo que estava compondo, o Helio estava bolando o videoclipe e ficou muito legal. 

 Foto: Jéssica Alves


Edicao: Jéssica Alves


Um comentário:

  1. A pesar de todos os contratempos o evento como de costume foi mto bom. Mto legal ver grupos como a Zombes produções, investirem na cena Metal. Parabéns ao blog pela cobertura e até a proxima.

    Ravel Amanajás

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