Embora tenha menos de um ano
de estrada, a MORRIGAM, formada por Fernanda Brasil (vocal), Kallebe Amil e
Luan Ferreira (guitarras) e os irmãos Artur e Mateus Mendes (baixo e bateria,
respectivamente), já conquistou bom espaço e público no underground amapaense,
com shows que ficaram marcados na memória da banda e dos fãs, que curtiram o
som do grupo desde a primeira apresentação, ocorrida no Liberdade ao Rock do
dia 27 de abril de 2013.
Dia 27 último também foi o dia em que o quinteto soltou o
EP Anhangá. Perto desta data, no dia
29, aconteceu o Festival Quebramar, onde a banda se apresentou. A mesma
aproveitou o evento para divulgar o EP, cujo nome pode significar “demônio”. A
capa foi desenhada por Kallebe e tem a intenção de mostrar alguém prestes a
fazer uma viagem pelas matas amazônicas.
A produção, mixagem e masterização ficaram a cargo de
Jaime Lopes e Sergiomar Jr. (ambos guitarristas da PROFETIKA). Neste quesito, o
disco é bom. Embora o som das guitarras esteja “abafado” (como pode ser ouvido
em álbuns como Violent Revolution,
do KREATOR), os demais instrumentos estão bem gravados e equalizados.
Anhangá possui
quatro faixas que destilam o estilo que já consagrou a banda nos palcos
amapaenses, o Death/Folk Metal, meio dançante até devido às diversas linhas de
bateria que permeiam as composições e com letras (em português) que falam de
acontecimentos e seres mitológicos (como o Curupira). Massacre, faixa de abertura que tem participação de Jaime Lopes,
mostra logo de cara toda a potência sonora do quinteto.
Corpo Seco é a
próxima música e ouve-se, logo no início, influências de música brasileira, mas
depois descamba para a porradaria, com as já citadas linhas de bateria
dançantes e um riff de guitarra marcante que acompanha a composição em
intervalos, tudo isso completado pelo baixo de Artur Mendes e bom desempenho
vocal de Fernanda Brasil e seu gutural, lembrando cantoras como Angela Gossow
(ARCH ENEMY) e Sabina Classen (HOLY MOSES), com um bom sustain em momentos mais
brutais.
Esq. p/ dir.: Mateus Mendes, Artur Mendes, Fernanda Brasil, Luan Ferreira e Kallebe Amil |
Se tivesse que escolher uma música para apresentar a
MORRIGAM a alguém, escolheria Kuru’pir,
a melhor do EP na minha opinião. A composição já começa chutando tudo com seu
riff de guitarra à lá Am I Evil?
(DIAMOND HEAD). Sem piedade para pescoços, é certeza de deixá-los em frangalhos
ao vivo. Todos os elementos, atributos e qualidades que a banda possui estão
justamente ali, em 5:18min de Metal bruto, perigosamente pesado e agressivo,
com refrão pra ser entoado a plenos pulmões pelos headbanguers. Contagiante!
Encerrando o álbum, a faixa título, que despeja raiva
tanto sonoramente quanto liricamente. Não restam dúvidas de que estamos diante
de um trabalho promissor e com um futuro brilhante. A MORRIGAM já demonstrou
seu poder de fogo diversas vezes ao vivo e, com Anhangá, espera-se que a banda evolua cada vez mais, em todos os
sentidos.
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