Um evento grande, que atrai bastante público e dedicado não somente à música, mas também a ações sociais e palestras de conscientização social: assim é o Festival Quebramar, realizado todos os anos pelo Coletivo Palafita e Circuito Fora do Eixo em parceria com a Petrobrás, o Governo do Estado do AmapáE as atividades do evento na Fortaleza de São José, ponto já tradicional do evento, iniciaram na noite de sexta-feira (29) com a aguardada noite do metal, que anualmente atrai um grande e fiel público do gênero mais pesado do rock. No palco, quatro atrações locais e duas convidadas agitaram a noite dos headbangers presentes.
As bandas SANGRIA, MORRIGAM, MATINTA PEREIRA, PROFETIKA, LEPTOSPIROSE, e AMATRIBO cumpriram com louvor o seu papel e agitaram os presentes antes da atração principal: KRISIUN, grupo bastante esperado há algum tempo pelo público headbanguer, sedento por Death Metal em sua forma mais brutal.Uma grande estrutura de som e iluminação foi montada e por volta das 20h, muitas pessoas já estavam presentes, ansiosa para conferir a headliner, principal atração da noite, que realizou um show inédito e também histórico para a cena metal amapaense. A noite foi marcada por belas atrações. No comando, estavam a dupla Hanna Paulino e Michel Lawrence, tradicionalmente apresentando o evento.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
Por volta das 21h, entra no palco a banda Sangria (AP), que iniciou um show inspirado, agitando o público e dando início as atrações da noite. Formada por Buba Aragão (contra-baixo) e Kcal (vocal), e os novos membros Eliseu (guitarrista) e Rogério (baterista) da banda Mental Caos, a banda levou um Crossover com influências Hardcore e Thrash Metal, marcando o seu retorno aos palcos amapaenses, depois de um hiato de seis anos. Contagiou o público.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
Logo após a Sangria, é a vez da Morrigam (AP) mostrar o seu trabalho, literalmente. Lançando o EP “Anhangá”, a banda liderada por Fernanda Brasil e seu brutal gutural, acompanhada de Kallebe Amil (guitarra), Luan Ferreira (guitarra), Arthur Mendes (baixo) e Mateus Mendes (bateria), os representantes do death metal/folk possuem menos de um ano de estrada, mas já conquistaram um público fiel. A apresentação foi bem recebida pelo público, que não parava de agitar. Trabalho autoral bem aceito.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
Enquanto estão os shows no Anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá estavam sendo prestigiados pelo público presente, ocorria nos altos muros do histórico Forte de São José de Macapá a projeção de VideoMapping do artista visual, Kauê Lima. Muito interessante.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
Presença constante no palco do Quebramar, a banda Profétika (AP) chegou e fez o seu som na sexta edição do evento. E mais uma vez o público vibrou no som autoral thrash metal de Michel Lawrence (vocal), Tato Silva (bateria), FelippeKeleb (baixo), Jaime Lopes e Sergiomar Jr. (guitarras). Cantando junto e fazendo rodas sem parar, o público respondeu positivamente a energia da Profetika, com mais um grande show para o evento. E vinha muito mais por aí.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
E a primeira atração convidada da noite subiu ao palco. A banda paulistana de punk, com mistura de hardcore e thrash metal Leptospirose promoveu um show animado na notie metal do Quebramar. O trio de Bragança Paulista – SP, formado por Quique Brown (vocal/guitarra), Velhote (baixo/backing vocal que não estava presente no show, devido a problemas particulares) e Serginho (bateria). O show é rápido, bruto e tudo isso cabendo em torno de 15 músicas no set, voltado ao disco "AquaMad Max". O público fã do estilo curtiu cada canção dos paulistas.
A banda Amatribo abriu o show da aguardada headlinerKrisiun. A atração Madame Saatan (PA) que estavam cotada para tocar devido a problemas de acordo não se apresentou na noite metal. E os amapaenses chegaram destruindo tudo com suas canções autorias. Formada por Maksuel Martins (vocal), Rulan Leão (guitarras), Almir Júnior (guitarras), Salomão Alcolumbre (baixo) e Emerson Costa (bateria), o quinteto reproduziu no palco viscerais canções de thrash metal, relatando suas visões acerca dos conflitos e reflexões da humanidade. No público, rodas de pogo e headbang não pararam de surgir durante o show. Energia de sobra ocorreu durante o show, fechando mais uma grande atração.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
Sem demora, chegou a vez do tão aguardado Krisiun (RS). Com uma vasta trajetória de conquistas, o trio gaúcho de brutal death metal formado pelos irmãos Alex Camargo (vocal e baixo), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria) realizou um verdadeiro espetáculo extremo para o público, em sua apresentação inédita no Amapá.
O que falar quando uma das melhores bandas de heavy metal nacional da atualidade resolve fazer um espetáculo gratuito para os seus fãs? Banda formada em 1990 em Ijuí, no Rio Grande do Sul, surgindo como uma bomba atômica no cenário Metal brasileiro, praticando uma forma mais extrema de Death Metal, novidade até então, executando um som com andamento tão acelerado, brutal e pesado, sem dar trégua para pescoços e ouvidos de porcelana.
Foto: Reprodução/Facebook Festival Quebramar
O Krisiun resolveu trazer a nossa distante capital um dos shows mais pesados já vistos por aqui. A banda abriu o show com um ritmo alucinante já desde a primeira música, puxada pelas baquetas de Max Kolesne. ao trecho acústico de The Will to Potency, mas não foi ela que abriu a apresentação, e sim Combustion Inferno (petardo do disco Southern Storm), levando a galera ao delírio logo de cara. Em seguida, The Will to Potency (do álbum The Great Execution) deu continuidade a brutalidade exalada pelo som dos irmãos, como se uma grande e terrível tempestade estivesse prestes a cair sobre tudo e todos. A armação não poderia ser diferente na frente do palco, com uma roda gigantesca que colocou o público pra bater cabeça.“É uma grande honra poder estar aqui no Amapá e vocês são muito feras, galera”, falou Camargo, arrancando aplausos dos fãs. Com simpatia, Alex não poupou elogios para o público durante todo o show. Afinal a ordem de “vamos detonar” estavam sendo muito bem cumprida pelo público. Entre uma música e outra, regada pelos ótimos solos de guitarra, extremamente rápidos e precisos de Moyses Kolesne.
A banda tem uma boa performance e ficou o tempo todo com a platéia na mão, atiçando-a e agitando-a sem parar, agradecendo ao final de cada música e elogiando-a pela energia trocada entre os músicos e os headbanguers. Gritos de “KRISIUN!!! KRISIUN!!! KRISIUN!!!” também eram entoados constantemente, fazendo o trio gaúcho sentir mais vontade e euforia de tocar.
A brutalidade continuou com Vicious Wrath (do full lenght AssassiNation), Descending Abomination (“Hora de por um pé no freio”, anunciou o vocalista antes de tocarem essa) e Blood of Lions (mais um destaque de The Great Execution). Moshes e headbangs acompanharam o show do início ao fim, sempre comandado pelo baixista/vocalista Alex Camargo. Em seguida, o trio dedicou um cover do MOTÖRHEAD (No Class) a todos: público, organização, amigos, roadies... o que tornou o lugar festivo por alguns momentos, mesmo na interpretação do Krisiun. A hora de acelerar voltou com um solo de bateria fenomenal de Max Kolesne, seguida de Slain Fate (do EP Bloodshed), emendada com Black Metal (VENOM cover) e, fechando a apresentação, um dos hinos que rendeu um apelido ao trio gaúcho: Kings of Killing. Graças à rica e poderosa discografia do KRISIUN, os irmãos têm condições de montar um set list forte, suficiente para agradar tanto aos fãs veteranos quanto os mais novos.
"O show é rápido, bruto e tudo isso cabendo em torno de 15 músicas no set, voltado ao disco "AquaMad Max", O destaque fica para o baixista Velhote. Tocar todos esses sons dedilhando o baixo é para poucos..."
ResponderExcluirNão me lembro de ter visto algum baixista tocando na Leptospirose. O baixista estava passando por problemas particulares (a esposa estava passando por uma cirurgia) e não pode comparecer. pelo que parece, foi resenhado aqui pelo CD, não pelo que realmente aconteceu. Não tinha baixista naquele show, que mesmo assim foi poderoso!!! Assim como o Krisiun e o resto do texto, que condiz mais com a realidade do que aconteceu lá.
Mouzzez
Texto corrigido. Valeu a visita Mouzzez \m/
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