Texto e fotos: Bruno Blackened Monteiro
Pouco mais que um mês
depois, o Zombiestock, organizado pela Zombie Produções em parceria com o Blog
Eu Sou do Norte, chega à sua segunda edição, ainda tendo como sede o Busão
Locoreggae, mais um local inédito para a cena metal amapaense, visto que o lugar
é destinado, como o próprio nome indica, ao estilo Reggae.
No
cast, as bandas MATINTA PEREIRA, CARNNYVALE, NOVA ORDEM, OBTHUS e CARNAL
REMAINS fizeram a alegria dos eufóricos metalheads, que vibraram com o som
despejado por elas.
O Zombiestock é mais uma iniciativa promissora e que
ajuda, e muito, a alavancar a força que as bandas amapaenses têm, mas o maior
defeito é o local: um ônibus. O espaço é pequeno tanto para quem está tocando
quanto para os que estão assistindo. O “palco” fica justamente perto da porta,
o que atrapalha a performance dos grupos na hora que alguém deseja entrar ou
sair do local. Apesar do sistema de ar condicionado, é insuficiente quando o
ônibus fica relativamente cheio. Moshes então, nem pensar. Qualquer tentativa
pode terminar em pisoteio de algum equipamento.
A única vantagem proporcionada é o clima intimista. Com
platéia composta, em maioria, por amigos e seguidores dos músicos, piadas e
brincadeiras eram constantemente disparadas, arrancando gargalhadas de todos e ajudando
um pouco a esquecer as restrições.
Às 22:40h, depois da MATINTA PEREIRA, veio o Thrash Metal
visceral e cortante da CARNNYVALE. Formada por Breno Sardhom (vocal), Alberto
Figueiredo (bateria), Adelson Brandão (guitarra) e Alan Rodrigues (baixo), o
grupo apresentou um set curto, porém energético e performático. Por motivos
familiares, Alan não pôde tocar, mas a CARNNYVALE mandou muito bem mesmo assim,
contornando a ausência do baixista.
O
vocalista agradeceu à Fabrício Góes e à Zombie Produções pela oportunidade de
poderem se apresentar. Destaco a música Thrash
Mosh, que fala sobre os metalheads e os shows intentos e cheios de cabelos
esvoaçantes e rodas, exatamente como deve ser, lembrando muito a música Whiplash (METALLICA).
O
show da OBTHUS, sem dúvida alguma, foi o mais bem humorado do evento, com a
platéia brincando o tempo inteiro com os músicos e vice-versa. Focado em covers
do KREATOR (Violent Revolution, Enemy of God, People of the Lie, All of the
Same Blood e Tormentor), a banda
comandada por Diêgo Soares (vocal) e completada por Andrey Góes e Alan Nogueira
(guitarras), Andre Reis (baixo) e Paulo Carvalho (bateria) também tocou Generation Dead (TORTURE SQUAD), Spheres of Madness (DECAPITATED), Troops of Doom e Beneath the Remains (SEPULTURA). Todos bem entrosados e esbanjando
desempenho, garra e interação.
Ficou
a cargo da banda CARNAL REMAINS encerrar a segunda edição do Zombiestock. Com
futuro incerto devido a uma viagem do baterista Ronald Magalhães, o power trio
descarregou Metal em fúria máxima, tudo comandado pelo poderoso gutural de
Carlos Pastana (guitarra). Combinado com a bateria veloz e o baixo estremecedor
de Elizeu Vasconcelos, foi uma ótima apresentação, que agradou e agitou bastante. Palavras de
agradecimento também foram ditas por Carlos e Ronald, que pareciam contentes
com o retorno da banda aos palcos.
O
ponto alto deste evento foi o clima de amizade e companheirismo entre todos.
Brincadeiras e piadas à parte, o respeito mútuo que existe entre os músicos e
os fãs foi evidente o tempo inteiro e o Zombiestock reforçou isso com louvor.
Também
espero da Zombie Produções uma atitude em relação ao lugar onde o evento
acontece. O Busão Locoreggae não é apropriado para apresentações de bandas de
Metal, nem para os headbanguers que querem curtir ao extremo tudo o que é
oferecido. Sei que não é fácil, mas, tenho certeza que, assim como em
celebrações anteriores, a produtora em questão tem potencial para oferecer local
e estrutura mais adequadas, tanto para bandas quanto para o público. Valeu,
Zombie!
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