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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O eterno Legado do Chespirito: homenagem a Roberto Gomez Bolaños


 Fontes: G1, Uol e Zero Hora

O herói da infância de muitos, especialmente os brasileiros, partiu para outro plano no fim da tarde dessa sexta-feira (28). Uma notícia que há tempos temíamos presenciar, mas faleceu o ator, diretor, comediante e escritor Roberto Gomez Bolanõs, conhecido mundialmente por Chespirito, o criador de Chaves, o garoto faminto mais amado o continente.

Segundo informações da rede Televisa, do México, ele estava em sua casa, em Cancun. Desde 2012, Bolaños enfrentava problemas de saúde quando foi internado por uma insuficiência respiratória. A causa da morte ainda não foi confirmada. A notícia causou muita comoção nas redes sociais, com diversas homenagens ao eterno Chaves do Oito e do super-herói atrapalhado Chapolin Colorado.


Dono de frases antológicas como "ninguém tem paciência comigo" e "não contavam com a minha astúcia", "isso isso isso" que marcaram gerações de fãs em toda a América Latina (que assim como eu, crescem sem enjoar de assistir ao genial humor de Bolaños),ele cativou a gerações que até hoje ainda soltam risadas com as tiradas do programa.

“Chaves” foi o programa mais visto da televisão mexicana e foi dublado em 50 idiomas, segundo a Televisa.Além disso, Bolaños escreveu roteiros de 50 filmes no México e atuou em 11. No Twitter, ele tinha mais 6 milhões de seguidores. As séries criadas por Bolaños tornaram-se um verdadeiro fenômeno no Brasil, onde são reprisadas até hoje — “Chaves” estreou no México em 1971.

Trajetória


 
Inspiração de Willian Shakespeare, cujo diminutivo em espanhol era "Chespirito" que Roberto Bolaños ganhou seu apelido do dramaturgo.  Bolaños nasceu na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929. Estudou engenharia, mas nunca exerceu a profissão. Praticou boxe e era um fanático torcedor do clube de futebol América. Começou sua carreira profissional na publicidade, onde começou a trabalhar em roteiros. Ganhou o apelido de Chesperito do diretor de cinema Agustín P. Delgado por causa do 1,60 de altura.

Estreou na TV escrevendo para programas humorísticos e musicais, ainda pelo canal Telesistema Mexicano, até 1965. Três anos mais tarde, recebeu convite para integrar o departamento de criação da recém-fundada Televisión Independente de México.


Foi só em 1968 que começou sua carreira de ator, na emissora TIM, em séries como “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada” e “El Ciudadano Gómez”, em espaços de 30 minutos de duração aos sábados. Foi só na década de 1970 que começaram a ser exibidos as séries que fizeram de Bolaños um gigante do humor: "Chespirito", "Chapolin" e "Chaves". A partir de 1973, quase todos os países da América Latina tinha na programação de TV episídios dos programas.

O jornal mexicano "Excelsior" cita a seguinte declaração de Bolaños a um TV espanhola sobre seu personagem mais famoso no Brasil: "Chaves, ainda que carecendo de quase tudo, é otimista, aproveita a vida, brinca, se emociona e tem o maravilhoso dom que é a vida". No começo da década de 1990, Bolaños decidiu aposentar "Chaves" e "Chapolin" e resolveu apostar em "Los Caquitos", em que interpretava o ladrão Chómpiras (que ganhou no Brasil o nome de Chaveco).

Chaves era um dos personagens e segmentos do programa "Chespirito" que começou a ser exibido no México em 1971. O primeiro capítulo de "El Chavo del Ocho" (como era conhecido o personagem nos outros países de língua espanhola) foi transmitido em 20 de junho de 1971.


 O sucesso das histórias do menino sardento de 8 anos que vive dentro de um barril foi tanto que seu programa era transmitido para quase todos os países da América Latina já em 1973. Chaves foi dublado para mais de 50 idiomas e transmitido em países distantes do Tailândia, China, Japão e Grécia. A série foi produzida originalmente entre 1971 e 1980, como programa independente, e entre 1980 e 1992 como esquete do programa de variedades "Chespirito", que Bolaños estrelou na rede de TV Televisa. No total, foram 290 episódios, contabilizou o ator ao jornal chileno "La Nación".

A série "Os Simpsons" homenageou Bolaños com o personagem Pedro Chespirito, que aparece sempre vestido de abelha e fala frases em espanhol. R. Roberto ficou conhecido no México pelo nome de Chespirito. Mas foram os programas "Chaves" e "Chapolin", ainda exibidos pelo SBT, que ficaram mais famosos no Brasil.
 


Distante da televisão, Bolaños explorou a sua veia literária com um livro de poemas e uma autobiografia, "Sem Querer Querendo". Em um dos seus livros, "O Diário de Chaves", revela alguns dos mistérios da série. Ele conta, por exemplo, que Chaves não morava dentro de um barril, mas no apartamento número oito, e que o recipiente era apenas para se esconder quando estava triste ou era perseguido.
 
Apaixonado por futebol, Bolaños chegou a se encontrar com o astro argentino Diego Maradona, que o agradeceu por tê-lo divertido com os seus personagens e ele aproveitou para retribuir por tê-lo deleitado com suas proezas dentro do campo.Nascido em 21 de fevereiro de 1929, Roberto Bolaños começou sua carreira nos anos 1950, quando escrevia roteiros para rádio e televisão. Ele ganhou o apelido de Chespirito após ser comparado ao dramaturgo William Shakespeare. Em 1958, quando o mexicano estreou como roteirista de cinema no filme Los Legionarios, o diretor Agustín P. Delgado o apelidou de Shakespearito, um diminutivo carinhoso para o nome do britânico, devido à sua inteligência e criatividade. 



A atração reunia um grupo de comediantes para comentar notícias recentes, além de apresentar esquetes cômicos. O elenco já contava com atores que tornariam-se celebridades em personagens desenhados por Roberto — Ramón Valdés (Seu Madruga), María Antonieta de Las Nieves (Chiquinha) e Ruben Aguirre (Professor Girafalez) participavam de 'Los supergenios'.

Dentro do horário, Bolaños experimentava suas ideias de roteiros e personagens desenvolvidos com quadros avulsos e, mais tarde, como partes fixas do programa. Foi naquele ambiente que nasceram o herói Chapolin Colorado, o atrapalhado Doutor Chapatín e o menino Chaves, que tornaria-se a obra mais célebre do mexicano e um dos marcos na TV latino-americana.


Uma perda inestimável para o mundo do humor, o Brasil e diversos fãs no mundo hoje ficam órfãos de um grande talento que se vai, mas também somos agradecidos a ele, por criar um puro, simples e honesto jeito de nos fazer rir, inspirado em outros gênios como Charlie Chaplin, mas com sua característica própria que o fez ser um genio na difícil arte de levar humor para as pessoas. Nosso muito obrigado, grande Chespirito. A nossa e as futuras gerações só tem a agradecer pela sua grande contribuição ao mundo, que é levar alegria eterna, sem dizer adeus jamais. 

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