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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

#Resenha de Cinema - Drácula: A História Nunca Contada


Ontem aproveitei a chegada do novo cinema em minha cidade Macapá, da rede MovieCom para ir com meu namorado assistir a um filme bem legal. O escolhido foi "Drácula: A História Nunca Contada", que há tempos já estava na minha lista para conferir essa nova produção da Universal e por se tratar de Drácula, um dos meus personagens favoritos da cultura pop e que se aprofunda na história real de Vlad, o Empalador.

Segundo a sinopse do longa, "Os habitantes da Transilvânia sempre foram inimigos dos turcos, com quem tiveram batalhas épicas. Para evitar que sua população fosse massacrada, o rei local aceitou entregar aos turcos centenas de crianças. Entre elas estava seu próprio filho, Vlad Tepes (Luke Evans), que aprendeu com os turcos a arte de guerrear. Logo Vlad ganhou fama pela ferocidade nas batalhas e também por empalar os derrotados. De volta à Transilvânia, onde é nomeado príncipe, ele governa em paz por 10 anos. Só que o rei Mehmed (Dominic Cooper) mais uma vez exige que 100 crianças sejam entregues aos turcos. Vlad se recusa e, com isso, inicia uma nova guerra. Para vencê-la, ele recorre a um ser das trevas (Charles Dance) que vive pela região. Após beber o sangue dele, Vlad se torna um vampiro e ganha poderes sobrehumanos".



A expectativa era grande e após conferir 92 minutos, o longa conseguiu me deixar satisfeita, com base a história real de Drácula, recriada com efeitos especiais e cenas de ação de primeira, que com certeza foram pontos muito fortes do filme, além da belíssima fotografia nos ambientes europeus, que retratam o Século XV, a Romênia e Império Otomano.

A grande novidade para mim foi ver um lado bem humanizado do protagonista, um famoso vilão da cultura popular que no longa acaba assumindo o papel de herói e faz o público sempre torcer pelas suas vitórias durante a guerra, pouco importa o seu posto de empalador que massacra milhares de soldados. Vlad é um bom e justo governante, um grande amigo e principalmente um pai e marido amoroso. Essa inversão é outro ponto forte do filme que aprovei.

E sem falar dos efeitos especiais e as caracterizações dos vampiros dão conta do recado e no fim das contas, o saldo acaba ficando positivo! Concluo que especialmente o filme "Drácula" pode ser definido também como um filme de herói, no qual o temido vampiro das trevas pode figurar nas telonas com poderes sobrenaturais que irão saltar nos olhos e o público acaba vibrando a cada luta de Vlad.

Não espere que esse seja um novo "Drácula de Bram Stoker" (1992) do genial Francis Coppola e estrelado por Gary Oldman. Este filme bebe totalmente da fonte da história real de Vlad Tepes (Draculea / Drácula = filho do diabo ), herói que já existia , mas claro com os elementos fantásticos do vampirismo para dar a ação e emoção durante o filme. O filme não apenas cumpre o que promete, como passa uma visão que muitos não conhecem, ou só conhecem por Drácula, no máximo de Bram Stoker. 

Um filme de aventura e ação feito como nos velhos tempos, para o público em geral, com o fator que o herói é o monstro que não é tão monstro assim. A força de vontade suplantou a bestialidade da fera. Vlad se venceu e não matou o seu próprio filho, virou o feitiço contra o feiticeiro. Luke Evans como o protagonista  foi uma surpresa, Charles Dance nem se fala (a cena final é ótima com ele) e o elenco propício para a ocasião . TO filme emociona e você torce pelo Drácula (apesar de uma bem camuflada inversão de valores muito em voga nos tempos atuais na mídia, mas é ficção e não mancha tanto a moral e a ética real quem o segue sem distorção). Vale o segundo ingresso sem pestanejar. Recomendo e quero ver de novo :)


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